Live do Grupo São Pietro Saúde debate saúde sexual masculina
Em transmissão gratuita no YouTube, evento reuniu um time de especialistas em uma abordagem multidisciplinarExiste alguma relação entre doenças cardiológicas e atividade sexual masculina? Essa foi uma das questões apresentada na Live “É Hora de Falar sobre a Saúde Sexual Masculina!”, promovida pelo O Grupo São Pietro Saúde, nessa terça-feira (21), com uma equipe multidisciplinar formada por cardiologista, fisioterapeuta, nutricionista, preparador físico, psicóloga e urologistas.
Com mediação de Felipe Rocha, coordenador do serviço de urologia do Grupo São Pietro Saúde, a transmissão foi dividida em blocos de perguntas para contemplar integralmente a experiência e o conhecimento dos profissionais sobre o tema. Participaram do bate-papo o cardiologista Adriano Araújo Ponssoni, a nutricionista Deise Bach, o psicólogo Diego Villas-Bôas, a fisioterapeuta Emanuele Lazzari Cristofoli, o urologista Flavio Aranovich e o preparador físico Leonardo Fontanive Farias.
Segundo Adriano Araújo Ponssoni, existem vários reflexos da saúde cardiovascular do homem que acabam provocando alguns sintomas relacionados à atividade sexual. “40% das pessoas que têm disfunção erétil terão doença coronária ou hipertensão. Além disso, obesidade e sedentarismo também apresentam nesse sintoma. O médico precisa estar atento quanto a isso, precisa questionar, porque os homens não falam sobre o assunto”, comenta.
Flavio Aranovich tratou sobre os fatores que podem causar a disfunção erétil e como acontece essa primeira investigação. “De modo geral, esse paciente chega com uma carga emocional bastante grande na consulta, trata-se de um paciente complexo pois, em poucos minutos, precisamos investigar muita coisa a respeito de uma queixa tão simples. A conversa ajuda bastante, questões emocionais devem ser abordadas inicialmente, inclusive problemas orgânicos, como função renal, hepática, problemas hormonais e uso de medicações”, afirma.
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Para o psicólogo Diego Villas-Bôas, existe uma necessidade de pensar a questão da disfunção de forma conjunta e integrada. “Todo o problema da disfunção sempre vai carregar uma etiologia mista, mesmo que exista um problema orgânico, também existe uma repercussão emocional que vai fazer toda a diferença no tratamento. Além da troca com outros profissionais sobre o histórico médico do paciente”, ressalta.
Já Emanuele Lazzari Cristofoli falou sobre o uso da fisioterapia pélvica como forma de tratamento. “A ereção envolve vários fatores, precisa do psicológico para ter estímulo, precisa do sistema vascular eficiente e dos músculos do assoalho pélvico. Um caso muito comum que o paciente busca pelo tratamento é a cirurgia pélvica, como é o caso da prostatectomia. No consultório são realizadas algumas técnicas de força e resistência e também aparelhos de eletroterapia para estimular a vasodilatação. A fisioterapia acaba sendo um complemento de todos os tratamentos”, afirma.
Segundo o preparador físico Leonardo Fontanive Farias, a atividade sexual é um exercício físico. “O treinamento de força e treinamento aeróbico preparam o corpo para uma frequência cardíaca mais alta e a permanência dessa frequência, evitando uma fadiga precoce. É essencial garantir ao menos 150 ou 160 minutos por semana de atividade física moderada ou 75 a 90 minutos de atividade intensa”, pontuou.
Deise Bach reforçou a importância de uma alimentação saudável na saúde sexual masculina. “A grande maioria dos homens negligencia o tratamento para a obesidade e sobrepeso, as mulheres ainda têm um cuidado maior em relação a isso, uma preocupação até mais estética que o homem não tem. Muitas vezes, a preocupação está centrada apenas nos valores de referência de exames. Se chega um paciente com sobrepeso, mas os exames estão ok, ele não se preocupa tanto com a saúde porque os resultados estão dentro do esperado. Ninguém está disposto a abrir mão dos momentos de prazer relacionado à comida, para se alimentar de forma mais adequada e isso acaba sendo um problema”, ressalta.
Segundo pesquisas da Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de metade dos homens com mais de 40 anos apresentam queixas relacionadas à ereção. A capacidade de manter uma vida sexual saudável tem influência direta na qualidade de vida e na autoestima, porém muitos pacientes sentem dificuldade e até mesmo vergonha de procurar assistência médica.
A live com o tema “É Hora de Falar sobre a Saúde Sexual Masculina!” está disponível na íntegra no YouTube: