Estatísticas e Análises | 5 de junho de 2024

Imunoterapia antes da cirurgia aponta menor reincidência do melanoma

Estudo NADINA apresentado durante o ASCO 2024 evidencia resultados positivos em pacientes com estágio III do melanoma, com linfonodos positivos.
Imunoterapia antes da cirurgia aponta menor reincidência do melanoma

A imunoterapia tem se mostrado eficiente no tratamento de pacientes com melanoma antes da cirurgia para a retirada do tumor, diminuindo a recidiva da doença. A neoadjuvância foi realizada em pacientes com estágio III do melanoma, com linfonodos positivos. A conclusão faz parte do estudo NADINA, apresentado durante a plenária do Amercian Society of Clinical Oncology (ASCO), o maior Congresso Oncológico do mundo, realizado em Chicago (EUA), na última semana.


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O novo protocolo é discutido no mês em que a conscientização sobre a doença ganha espaço por meio da campanha Junho Preto. O mês que marca a chegada do inverno no hemisfério sul e, consequentemente, do tempo mais frio, também reforça para a necessidade da proteção solar, para evitar um dos tumores mais agressivos: o melanoma, responsável por duas mil mortes por ano no Brasil. Embora pouco incidente, representando apenas 4% de todos os tumores de pele, o melanoma apresenta altas chances de metástase.


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Vinícius Conceição, oncologista clínico e sócio do Grupo SOnHe, explica que o protocolo apresentado no ASCO é direcionado para os pacientes que apresentam o tumor em fase inicial, sem a incidência de metástase. “O que ficou evidente é que, nesses casos, utilizar a imunoterapia antes da retirada do tumor traz menos chances de recidiva do tumor em comparação aos pacientes que foram tratados com a imunoterapia após a cirurgia”, explica o oncologista, que participou do ASCO com o Grupo SOnHe.


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O melanoma é mais frequente em adultos de pele branca, com mais de 40 anos, e pode se desenvolver em qualquer parte da pele, inclusive nas mucosas. No Brasil, esse tipo de tumor é mais frequente nas regiões sul e sudeste. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve diagnosticar até 2025, cerca de 9 mil casos do tumor por ano. Um dos principais fatores de risco é a exposição solar. Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre a doença, assim como a prevenção dela. O mês de junho recebe o laço preto, reforçando os cuidados com a pele mesmo num mês em que a exposição ao sol tende a ser menor, em função do tempo mais frio.


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Débora Curi, oncologista clínica do Grupo SOnHe, explica que a proteção solar deve ocorrer independentemente da estação do ano. “Por mais que seja inverno e não estejamos na piscina ou na praia, precisamos ter o hábito de usar o filtro solar e tantos outros acessórios como bonés e chapéus. A incidência dos raios ultravioleta existe independentemente da estação do ano”, explica a oncologista.

Por ser um tumor pouco incidente na população, as caraterísticas do melanoma, muitas vezes, são desconhecidas pela população. Débora Curi, oncologista do Grupo SOnHe, elenca 5 fatos que todos devem saber sobre a doença.

5 fatos sobre o melanoma:

1) O que é o melanoma? O melanoma é um tipo de câncer de pele que se desenvolve a partir dos melancócitos, as células que produzem o pigmento da pele. O melanoma pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, mesmo nas áreas que não estão expostas ao sol.


2) Quais os fatores de risco? A exposição ao sol é um dos principais fatores de risco do melanoma, assim como o histórico de queimaduras solares. A pele clara, os olhos e os cabelos claros são fatores naturais de risco, assim como o histórico familiar de melanoma e a imunossupressão.


3) Quais os sintomas? Muita atenção às pintas. Mudanças de cor, tamanho ou forma, além de manchas, coceira, sangramento ou inflamações na pele devem ser investigadas com cuidado.


4) Como prevenir? A proteção solar é uma das maiores aliadas à prevenção do melanoma. Portanto, é fundamental o uso regular de filtro solar, óculos escuros, bonés e chapéus. Evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas e não utilizar as camas de bronzeamento artificial.


5) Como diagnosticar e tratar? O diagnóstico é feito por meio da análise da pele do paciente, geralmente por um médico dermatologista, e de uma biópsia no local onde existe a suspeita. Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores são as chances de cura. O tratamento envolve cirurgia para a remover a lesão, imuno ou radioterapia, dependendo do estágio e do perfil da doença. A imunoterapia tem sem mostrado extremamente eficiente antes da cirurgia, em tumores no estágio III.


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Grupo SOnHe

O Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia nasceu em 29 de maio de 2017 e é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar em importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, como o Hospital Santa Tereza, Oncologia Vera Cruz e Hospital PUC-Campinas.

O SOnHe é formado por 15 especialistas sendo três deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva, Higor Mantovani, Débora Curi, Isabela Pinheiro, Amanda Negrini, Laís Feres e Nayara Nardini e pelas hematologistas Lorena Bedotti e Jamille Cunha.

 



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