Fundado em 1927, o Hospital Moinhos de Vento tem em sua origem a filantropia. A instituição foi construída a partir da doação e do trabalho de imigrantes que chegaram ao Rio Grande do Sul no século XIX. Desde lá, além de investir em excelência médica e assistencial, contribui de forma permanente para o desenvolvimento social — como na implementação da UBS no Morro da Cruz, em 1998, e do Hospital Restinga e Extremo-Sul, em 2015. Agora, o hospital reforça sua atuação social com a criação de um instituto dedicado a ampliar e qualificar essas iniciativas.

O Instituto Moinhos Social (IMS) concentra, em uma estrutura de gestão própria,  as ações voltadas ao desenvolvimento social e econômico de comunidades em situação de vulnerabilidade social. O objetivo é gerar um ciclo completo de desenvolvimento, contribuindo para que os moradores se tornem protagonistas de suas próprias histórias. O projeto atuará em cinco eixos — educação, saúde, cultura e esporte, assistência e meio ambiente —, com projetos para melhoria da qualidade de vida, formação e atendimento da população, das crianças aos idosos. O instituto também congregará os trabalhos já desenvolvidos pelo hospital atualmente.

O lançamento do Instituto será na terça-feira (14), às 19h, em evento no auditório do Hospital Moinhos de Vento, que contará com palestra do filósofo e escritor Luiz Felipe Pondé. Para o superintendente executivo Mohamed Parrini, a iniciativa reforça o valor de compromisso com a comunidade, buscando que as oportunidades cheguem a todos. “Nosso propósito é cuidar de vidas. Ao fim, o que estimulamos é um fortalecimento que beneficiará a todos, gerando crescimento e riqueza para a nossa cidade, estado e país”, reforça. “Queremos revelar talentos que ficam escondidos por falta de incentivo e despertar a sociedade para o valor e capacidade dessas pessoas.”

Programa Transformar

A iniciativa central do Instituto Moinhos Social será o Programa Transformar. Ele atuará em comunidades com potencialidade de melhoria de índices de desenvolvimento humano e social. Dentre as ações previstas estão complementação de refeições, visando uma alimentação mais nutritiva; o Bebê do Bem, para contribuir com o bem-estar de mães e recém-nascidos de maternidades públicas em situação vulnerabilidade; e o transformARTE, oferecendo às comunidades atividades com reaproveitamento de materiais recicláveis, artes plásticas, artesanato, música e teatro.

Para a efetivação das iniciativas, o trabalho contará com a participação de voluntários e, também, arrecadação de recursos de pessoas físicas e jurídicas. “Num país com tantas carências agravadas pela pandemia, temos muito trabalho pela frente. Contamos com a ajuda de toda a sociedade para avançarmos nessas ações, que só serão possíveis com união e colaboração”, destaca Eduardo Bier de Araújo Corrêa, presidente da Associação Hospitalar Moinhos de Vento.

A partir de janeiro, o IMS traçará o perfil socioeconômico dos residentes no Loteamento Santa Terezinha, em Porto Alegre. O estudo avaliará as necessidades da região, bem como o impacto social para a população. No local, o Hospital Moinhos já desenvolve iniciativas há vários anos, como capacitação profissional para jovens, doação de vacinas contra a gripe e entrega de cestas básicas. Este ano, 450 famílias foram beneficiadas com os alimentos.

História de responsabilidade social

O Hospital Moinhos tem longa trajetória de contribuições não apenas para a população da capital gaúcha, mas de todo o país. Somente este ano, 20 mil pessoas receberam cestas básicas por meio da campanha Prato Cheio de Solidariedade. Na Ilha Grande dos Marinheiros e Rubem Berta, em Porto Alegre, são promovidas ações de capacitação profissional, promoção da cidadania e doações para pessoas em vulnerabilidade. E, desde o ano passado, a instituição entregou móveis e equipamentos para hospitais de todo o Estado.

Por meio do PROADI-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde), em parceria com o Ministério da Saúde, foram capacitados mais de 100 mil profissionais da rede pública apenas no último triênio. No período, R$ 225 milhões foram investidos em projetos de qualificação em diversas frentes. Durante a pandemia, o programa TeleUTI reduziu pela metade o tempo de internação e em 21% as mortes nas unidades atendidas.

“Praticamos a responsabilidade social há mais de um século, desde o início das fundações do prédio do hospital. Essa expressão sequer existia, e já fomos construídos e guiados no caminho da promoção da saúde e da qualidade de vida, do fomento à educação, pesquisa e à ciência, contribuindo com o desenvolvimento da cidade, Estado e país”, ressalta o superintendente de responsabilidade social do Moinhos, Luis Eduardo Mariath. Ele reforça a importância da contribuição da sociedade para ampliar o trabalho filantrópico, como a participação das famílias Vontobel, Gerdau e Ling, que permitiram a construção da Emergência Pediátrica, Maternidade e Centro de Oncologia da instituição.

União para transformar

Para executar as ações de responsabilidade social, o Hospital Moinhos de Vento destinará recursos próprios e também contará com doações e voluntariado da sociedade. Os interessados podem agendar diretamente um horário com o Instituto Moinhos Social pelo telefone (51) 3314 3503 ou fazer a sua contribuição pelo site.

Crédito das fotos anexas: Divulgação Hospital Moinhos de Vento