Gestão e Qualidade, Política | 22 de fevereiro de 2021

Hospitais de Porto Alegre divulgam manifesto endereçado ao governador Eduardo Leite

Documento elogia medidas adotadas até agora mas pede “medidas duras” para impedir aglomerações e ações para acelerar a vacinação
Hospitais de Porto Alegre divulgam manifesto endereçado ao governador Eduardo Leite

O Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) e sete instituições hospitalares de Porto Alegre (Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Grupo Hospitalar Conceição, Hospital Moinhos de Vento, Hospital São Lucas da PUCRS, Instituto de Cardiologia/Fundação Universitária de Cardiologja, Hospital Ernesto Dornelles e Rede de Saúde Divina Providência) divulgaram um manifesto endereçado ao governador do Rio Grande do Sul (RS), Eduardo Leite. O documento elogia as medidas adotadas até agora pelo mandatário do Estado, mas pede que sejam tomadas medidas rígidas e ações para acelerar o processo de vacinação.

“A situação atual de lotação nos hospitais é a pior desde o início da pandemia. Os doentes, de todas as idades, chegam em condições cada vez mais críticas, inclusive aqueles que internam em enfermarias. Muitos destes têm necessitado de equipamentos de ventilação mecânica — itens não disponíveis em quantidade necessária” diz trecho do manifesto.

“Estamos diante de uma situação de alto risco a toda a coletividade. Um cenário que exige, para os próximos dias, decisões duras mas necessárias, a fim preservar o bem maior: a vida”, diz o documento. “Se medidas rígidas de distanciamento social não forem tomadas, as consequências serão ainda mais complicadas.”

O material pede ainda “que sejam encontradas alternativas urgentes para a aquisição de vacinas que deem conta da imunização massiva e em alta velocidade da população.”


Leia abaixo

Exmo. Sr. Governador,

Nós, dirigentes de hospitais e clínicas de Porto Alegre, manifestamos apoio às medidas apresentadas na última sexta-feira (19). 

Da mesma forma, defendemos a efetiva suspensão das atividades noturnas como forma de eliminar as aglomerações que vêm ocorrendo de forma irresponsável.

Estamos diante de uma situação de alto risco a toda a coletividade. Um cenário que exige, para os próximos dias, decisões duras mas necessárias, a fim preservar o bem maior: a vida.

A situação atual de lotação nos hospitais é a pior desde o início da pandemia. Os doentes, de todas as idades, chegam em condições cada vez mais críticas, inclusive aqueles que internam em enfermarias. Muitos destes têm necessitado de equipamentos de ventilação mecânica — itens não disponíveis em quantidade necessária.

As aglomerações registradas no feriado de Carnaval deverão repercutir no aumento de casos de covid-19 nas próximas semanas. Se isso ocorrer em grandes proporções e com os hospitais mantendo o cenário de superlotação – e nada indica uma mudança em curto prazo –, o resultado será grave. Se medidas rígidas de distanciamento social não forem tomadas, as consequências serão ainda mais complicadas.

Solicitamos, ainda, o empenho do Governo do Estado em encontrar alternativas urgentes para a aquisição de vacinas que deem conta da imunização massiva e em alta velocidade da população, com o objetivo de aumentar os níveis de proteção e reduzir o número de novos casos da doença.

Esse conjunto de medidas, buscando controlar a questão sanitária e reequilibrar o sistema de saúde, é indispensável. Apenas assim a sociedade terá condições de se dedicar, de forma estável e continuada, à retomada da economia e da normalidade.

Contamos com sua sensibilidade, visão agregadora e capacidade de articulação junto às entidades representativas e a toda a sociedade.

Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa)

Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Grupo Hospitalar Conceição

Hospital Moinhos de Vento

Hospital São Lucas da PUCRS

Instituto de Cardiologia/Fundação Universitária de Cardiologja

Hospital Ernesto Dornelles

Rede de Saúde Divina Providência



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