Gestão e Qualidade | 28 de agosto de 2024

HCPA realiza cirurgia inédita no país para prevenir AVC

A paciente de 75 anos que já teve um AVC anteriormente recebeu apenas anestesia local e ficou acordada durante todo o procedimento chamado litotripsia intravascular na carótida.
HCPA realiza cirurgia inédita no país para prevenir AVC

Uma cirurgia vascular na artéria carótida, nunca realizada no Brasil, foi feita no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) no dia 8 de agosto. O objetivo é atuar em placas de gordura e cálcio capazes de provocar um acidente vascular cerebral (AVC).


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A litotripsia intravascular consiste na introdução de um balão que emite ondas de choque ultrassônicas. As ondas quebram as placas calcificadas existentes no interior das artérias, evitando que elas se fechem. A técnica costuma ser utilizada no sistema circulatório do coração e eventualmente nas pernas, para o tratamento das obstruções arteriais nestes locais.


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Desta vez, um cateter de apenas 2 milímetros foi introduzido na virilha e levado até o pescoço. “É um procedimento mais efetivo para placas complexas e de difícil tratamento, e que pode reduzir a chance de um AVC”, afirma o médico do Serviço de Cirurgia Vascular Periférica do HCPA, Alexandre Araujo Pereira.


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Segundo ele, a litotripsia intravascular na carótida já é usada na Europa e Estados Unidos. Depois do uso do balão, foi colocado um stent – pequeno dispositivo em formato tubular, para prevenir novos entupimentos das artérias.


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A paciente, de 75 anos, já teve um AVC anteriormente. Ela recebeu apenas anestesia local e ficou acordada durante todo o procedimento. “Outra vantagem é que o pós-cirúrgico é mais rápido. Em 24 horas já foi possível dar alta para a paciente”, conta Pereira.


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O chefe do Serviço de Cirurgia Vascular Periférica do HCPA, professor Marco Aurélio Grudtner, explica que a litotripsia ainda é um procedimento restrito. “O uso pode beneficiar particularmente pacientes com placas extremamente calcificadas, nos quais o stent pode não se adaptar adequadamente ao vaso, aumentando a chance de complicações. Ainda são necessários mais estudos para definir os critérios de utilização”, afirma.

litotripsia intravascular

 

 



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