Tecnologia e Inovação | 5 de fevereiro de 2013

HCPA inova no tratamento de tumores cerebrais

Nova técnica agiliza tratamento de tumores cerebrais
HCPA inova no tratamento de tumores cerebrais

Günther Alex Schneider, médico radioterapeuta do HCPA

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) está oferecendo uma nova técnica capaz de produzir menores efeitos colaterais nos tratamentos de tumores cerebrais. A Radioterapia Estereotáxica Fracionada, é conhecida pela preservação máxima dos órgãos e tecidos sadios próximos à área doente, devido a sua precisão milimétrica. “Alguns tumores se desenvolvem em áreas do corpo em que existem tecidos muito sensíveis à irradiação. Esses tecidos não toleram as doses necessárias para a destruição do tumor. Uma forma de proteger o paciente dos danos colaterais do tratamento é através do fracionamento da dose em várias doses diárias menores, utilizando a técnica da estereotaxia para manter a precisão todos os dias”, explica o médico radioterapeuta do HCPA, Günther Alex Schneider (foto).

Um dos equipamentos médicos mais modernos do país e um dos poucos presentes no Rio Grande do Sul, a Radioterapia Estereotáxica Fracionada pode dar maior celeridade aos tratamentos de tumores cerebrais, facilitando o diagnóstico de mais pacientes. Além disso, a técnica ainda é capaz de prevenir o surgimento de novos tumores na região afetada, conforme Schneider. “A radiação ionizante é causa conhecida de câncer e com a radiação utilizada em radioterapia não é diferente. Teoricamente, sendo a área irradiada pela técnica de Estereotaxia menor, pode ser possível que seu uso se traduza, com o tempo, em menor índice de cânceres secundários ao tratamento.”

Para lidar com o equipamento foi preciso que os físicos médicos realizassem treinamento em Berlim, na Alemanha. A técnica consiste na utilização de um Micro Colimador Multilâminas (mMLC) acoplado ao acelerador linear Varian 23 EX, que já vinha sendo utilizado em tratamentos radioterápicos no HCPA. Associados a eles, softwares modernos fazem o mapeamento da anatomia do paciente e oferecem a visualização das fibras do sistema nervoso central que correlacionam às áreas do cérebro. “Para o Hospital de Clínicas, para o serviço de radioterapia e para a comunidade, essa é mais uma evolução tecnológica que se soma às muitas já conquistadas nesses 11 anos de funcionamento da especialidade nesse hospital e que sempre trazem novas esperanças ao paciente e mais qualificação técnica aos integrantes da equipe profissional”, conclui o radioterapeuta.

Equipe radioterapia reunidaEquipe de Radioterapia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

FOTOS: Clóvis de Souza Prates (Assessoria de Comunicação HCPA)

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