Estatísticas e Análises | 9 de dezembro de 2022

Grupo São Pietro Saúde aposta na informação como medida preventiva ao Dezembro Vermelho

O grupo aproveita o mês de dezembro para reforçar a campanha, e esclarecer algumas dúvidas sobre ISTS
Grupo São Pietro Saúde aposta na informação como medida preventiva ao Dezembro Vermelho

Dezembro é o mês da campanha nacional de conscientização sobre o HIV/Aids e o Grupo São Pietro Saúde destaca a importância do combate ao vírus e outros tipos de infecções sexualmente transmissíveis (IST). Segundo o Ministério da Saúde (MS), cerca de 920 mil brasileiros vivem com o vírus. Deste total, 89% foram diagnosticados, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas que fazem o tratamento já não transmitem o HIV, por terem atingido a carga viral indetectável.

O Dr. Flavio Aranovich, urologista do Grupo, falou sobre a importância do tratamento adequado para evitar problemas maiores aos pacientes. “Atualmente no Brasil a gente tem cerca de um milhão de pessoas infectadas com o vírus HIV, desse montante 77% faz o tratamento adequado e são assintomáticos tendo carga viral indetectável, ou seja, se tornou uma doença crônica, mas nem por isso precisamos descuidar porque o HIV quando desenvolve as formas graves da doença, elas são absolutamente mórbidos e eventualmente podem trazer o paciente a um desfecho muito desfavorável”, comenta.

Além do vírus HIV o especialista, comentou sobre as infecções sexualmente transmissíveis mais recorrentes. “Especialmente quando falamos sobre a saúde sexual do homem temos que abordar também as doenças sexualmente transmissíveis. Existe uma prevalência na sociedade de doenças com alto poder de contágio e, entre elas, a gente desta a sífilis, doença que tem se multiplicado exponencialmente nos últimos anos, gonorreia e herpes”, complementa.


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Sobre o aumento do número de casos de infecções sexualmente transmissíveis, o Dr. Flávio explica que no surgimento do vírus da Aids as pessoas temiam muito a contaminação, e o uso da camisinha surgiu como solução à população. Sendo assim, as gerações subsequentes foram mantendo esse hábito de proteção em função do temor da Aids e indiretamente se protegendo de outros tipos de doenças sexualmente transmissíveis. “No momento em que a Aids acabou recebendo tratamento com maior tecnologia e melhores respostas ela se tornou uma doença crônica e, de certa forma, as pessoas foram perdendo o receio da Aids, e relaxando sobre os métodos preventivos como, por exemplo, o uso de camisinha”, complementa o urologista.

O Dezembro Vermelho, campanha instituída pela Lei nº 13.504/2017, marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras IST, chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas pela doença. A campanha é constituída por um conjunto de atividades e mobilizações, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde, de modo integrado com toda a administração pública, entidades da sociedade civil organizada e organismos internacionais.

Além do aumento dos números de casos de ISTS, estudos recentes mostram que 70% dos jovens não têm alguém próximo para falar sobre sexo, ou seja, não possuem no começo da vida sexual uma orientação. Sendo assim, acabam sendo expostos ao risco desnecessários de modo a aumentar a chance de contágio a doenças e gravidez indesejada. “O papel do urologista nesse cenário é muito importante no sentido de que as meninas acabam recorrendo no início da vida sexual aos ginecologistas, porém os meninos acabam não indo com tanta frequência ao urologista, não tendo uma orientação adequada, principalmente sobre a prevenção de doenças, como por exemplo o uso da camisinha”, afirma Dr. Flávio. 

 



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