Estatísticas e Análises | 22 de agosto de 2023

Exame de rastreamento de Câncer de Pulmão deve ser exame de rotina para grupos de risco

População com mais de 50 anos, fumante ou que parou de fumar há menos de 15 anos, deve fazer uma tomografia de baixa radiação anualmente.
Exame de rastreamento de Câncer de Pulmão deve ser exame de rotina para grupos de risco

Entre fumantes e ex-fumantes, a recomendação é que seja realizado o exame de rotina de rastreamento do câncer de pulmão, da mesma forma que já um padrão para outras patologias, como câncer de mama. Porém, a utilização dessa estratégia precisa ser ampliada pela população.

Por isso, a campanha do Agosto Branco — mês de conscientização do câncer de pulmão — reforça a importância de se falar sobre o rastreamento, tanto para a sociedade geral como para com os profissionais da saúde.


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Conforme dados do Governo Federal, em 2020, o tabagismo foi responsável por 161.853 mortes — o que representa 443 mortes ao dia e 13% do total das mortes que ocorrem no Brasil anualmente. Nesse contexto, o compartilhamento de informações sobre prevenção e saúde pneumológica é de extrema importância.

De forma geral, o objetivo do rastreamento é promover melhor qualidade de vida, fornecer tratamento em tempo oportuno, incentivar o não tabagismo, possibilitar a detecção precoce e analisar indicadores.

“Recomendamos que aqueles pacientes com mais de 50 anos, que fumam mais de 20 maços/ano ou que pararam de fumar há menos de 15 anos, devem fazer uma tomografia de baixa radiação anualmente”, a Dra. Carolina Salim Gonçalves Freitas Chulam, oncologista do Centro de Referência de Pulmão e Tórax do A.C.Camargo Cancer Center.


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A Dra. Carolina reforça que, para além da prevenção do câncer de pulmão, este público deve procurar um pneumologista para avaliar risco de enfisema, bronquite, entre outras doenças pulmonares. “É comum atendermos pacientes que fumam há mais de 50 anos e nunca passaram por um pneumologista”, alerta.

A boa notícia é que nos últimos anos, diante do avanço nos tratamentos houve um aumento da sobrevida em pacientes com câncer de pulmão. Conforme o Observatório do Câncer, que considera os tratamentos realizados no A.C.Camargo Cancer Center, entre os homens, a sobrevida passou de 10,4% (2000-2004) para 51,1% (2015-2017), já nas mulheres de 18,8% (2000-2004) passou a 59,0% (2015-2017).


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Ainda assim, o diagnóstico tardio representa a maior desafio para o tratamento do câncer de pulmão, considerado um “tumor silencioso”, a maior parte dos diagnósticos acontecem com a doença já em estágio avançado.

Nesse contexto, que a Dra. Carolina Salim reforça a importância do rastreamento e do acompanhamento médico. “A prevenção, a detecção precoce e os tratamentos personalizados trazem maiores chances de cura, sobrevida e qualidade de vida”, finaliza.



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