Geral | 23 de fevereiro de 2013

Epidemia de dengue em Porto Alegre

Capital registra dez casos autóctones confirmados este ano
Epidemia de dengue em Porto Alegre

Já são dez casos autóctones – contraídos na cidade – registrados este ano em Porto Alegre, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, e a cidade pode estar caminhando para uma epidemia, especialmente se persistirem chuvas e temperaturas altas nas próximas semanas. Quatro novos casos foram confirmados nesta sexta-feira, 22. Os pacientes não estão mais concentrados em determinada e restrita área e, sim, moram em bairros distantes entre si como Partenon, Navegantes e Bom Jesus e não têm histórico de deslocamentos para outras áreas de transmissão da doença no Rio Grande do Sul ou em outras regiões do país que já registram situações de epidemia de dengue.

Além dos casos confirmados, Porto Alegre tem, até o momento, 98 casos que já foram notificados. Destes, segundo a Secretaria de Saúde, 30 foram descartados, 19 confirmados – sendo os dez autóctones e outros nove importados – e 49 casos, exatamente 50% dos notificados, ainda estão sendo investigados.

Quando há casos suspeitos de dengue em alguma região da cidade, os serviços de saúde informam à Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde que deve realizar os bloqueios na região, com aplicação de inseticida para a forma adulta do mosquito.

Em 2012, não houve registro de transmissão autóctone no Rio Grande do Sul, apenas casos importados. Segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, em 2010 e 2011 houve registro de pessoas que foram picadas pelo mosquito da dengue em Porto Alegre e também em outras regiões do Estado. Em anos anteriores, os primeiros registros de casos da doença na capital, quando ocorriam, começavam a surgir entre os meses de março e abril. O mês de fevereiro ainda nem terminou e já são dez casos autóctones confirmados só em Porto Alegre e outros 49 sob investigação. Segundo especialistas esta preocupante situação pode ser caracterizada como o início da primeira epidemia de dengue, na capital.

 

VEJA TAMBÉM