Gestão e Qualidade | 8 de novembro de 2017

Dasa investe 30 milhões de reais em projeto de medicina genética

Investimento ajudará a derrubar os preços dos exames genéticos
Dasa investe 30 milhões de reais em projeto de medicina genética

O grupo de medicina diagnóstica Dasa investiu cerca de 30 milhões de reais na criação de uma nova empresa de medicina genética.  Batizada de GeneOne, o investimento pode dobrar o valor investido nos próximos três anos.

Os recursos foram investidos na aquisição de equipamentos e contratação de médicos e cientistas especializados em genética para que os exames possam ser processados no Brasil. Hoje, a maioria dos testes genéticos são enviados para laboratórios de outros países devido à falta de tecnologia no país.

O médico e presidente do conselho da Dasa, Romeu Côrtes Domingues, afirma que o grupo já tem capacidade de realizar cerca de 1,5 mil exames por mês na unidade de Alphaville, em São Paulo. Esse investimento ajudará a derrubar os preços dos exames genéticos, que, em sua maioria, não tem cobertura de planos de saúde.

Segundo o vice-presidente médico da Dasa, Emerson Gasparetto, a companhia busca um acordo com as operadoras para que elas paguem alguns desses exames, com o argumento de que o custo final do tratamento médico pode ser inferior se o problema for descoberto com antecedência, como no caso de doenças hereditárias.

De acordo com a publicação da Valor Econômico, a UnitedHealth Group, dona da Amil, está analisando a possibilidade de cobrir alguns exames genéticos, tendo em vista a redução de custos no longo prazo.

O grupo Fleury também está apostando em medicina genética. No mês passado, a companhia anunciou a criação de uma plataforma tecnológica para venda de testes – o kit em que o paciente deposita a saliva é adquirido no site e enviado pelos Correios. Essa nova plataforma vai atender, principalmente, os pacientes que moram em regiões que não têm unidades do Fleury.

A expectativa do Fleury é que a demanda por exames do tipo cresça 74% até 2021 e esse mercado como um todo movimente 500 milhões de reais por ano no Brasil. No mundo, o segmento deve faturar cerca de US$ 100 bilhões em 2020, de acordo com projeções da Dasa.

A Dasa aposta em três modalidades de exames: para detecção de doenças raras hereditárias, testes para analisar com detalhes qual tipo de câncer do paciente e, consequentemente, o tratamento mais adequado e também exames preventivos que mostram quais doenças os pacientes podem vir a ter como, por exemplo, diabetes, problemas neurológicos ou cardiológicos.

A Dasa também fechou parceria com a Harvard Partners, braço da renomada universidade americana na área de tecnologia, e está negociando uma parceria com o Memorial Sloan Kettering Cancer Center, também nos Estados Unidos, para desenvolver projetos que unam os dados dos exames realizados pela Dasa com a genética.

Com informações de Valor Econômico. Edição Setor Saúde. 

VEJA TAMBÉM