Gestão e Qualidade | 25 de março de 2016

Como a Mayo Clinic reduz os riscos de burnout entre os médicos

Modelo de colaboração e camaradagem tem combatido o esgotamento profissional
Como a Mayo Clinic reduz os riscos de burnout entre os médicos

Segundo um relatório da American Medical Association (AMA), a Mayo Clinic, um dos sistemas de saúde mais respeitados no mundo, está utilizando um modelo chamado “ouvir-agir-desenvolver” (listen-act-develop model), que se concentra em três fatores para ajudar a engajar seus médicos: escolha, conexão social e excelência.

Como explica reportagem do portal norte-americano Fierce Practice Management, “o sistema de saúde está tratando os médicos como arquitetos na concepção do modelo de prestação de serviços, e não mais como trabalhadores da construção civil que simplesmente seguem o plano de outra pessoa”, explica o Dr. Stephen Swenson, diretor de Desenvolvimento de Liderança e Organização da Mayo Clinic, que ajudou a criar o modelo.

Um estudo da Mayo descobriu que 55% dos médicos norte-americanos sofrem de burnout, um número superior aos dados de 2014. A instituição começou a abordar o problema, ouvindo o que seus médicos tinham a dizer. Em um fórum formal, o sistema de saúde convidou os profissionais para discutir seus principais “pontos fracos”, que incluíram fatores como muito trabalho burocrático (ou de escritório), muitas ineficiências dos processos realizados, e desejo de encontrar formas de ter maior controle de suas rotinas.

Assim, foi possível ver as causas de burnout inseridas na unidades. “Eles são únicos e variáveis”, destacou Dr. Swenson. Ele avisa, no entanto, que se as organizações de saúde estão questionando os problemas dos seus médicos, é preciso acompanhamento e registrar essas questões.

O modelo da Mayo Clinic considera três fatores essenciais para os médicos:

Escolha

Os médicos querem ter algum controle sobre suas vidas, que parte da concessão de alguma flexibilidade e valorização do horário de serviço.

Camaradagem e conexões sociais

Os médicos devem ter tempo para socializar com os membros da equipe e colegas, o que leva a uma maior colaboração. Estudos mostraram que o simples fato de profissionais passarem um tempo juntos em uma reunião ou uma refeição aumentou a camaradagem e reduziu índices de burnout, revelou o Dr.Stephen Swenson.

Excelência

Os gestores devem estabelecer boas relações com os médicos e entender suas preocupações. Ambos os grupos profissionais ( gestores e médicos ) devem, portanto, trabalhar como verdadeiros parceiros para atender as necessidades dos pacientes.

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