Gestão e Qualidade | 13 de fevereiro de 2016

Centro Clínico Gaúcho sob direção fiscal da ANS

Técnico é designado para acompanhar plano de recuperação economico-financeira
Centro Clínico Gaúcho sob direção fiscal da ANS

A maior operadora de planos de saúde do Estado, no ramo da medicina de grupo, com cerca de 200 mil beneficiários, o Centro Clínico Gaúcho passou a merecer cuidados especiais da reguladora do serviço no país, segundo noticiou o Portal ClicRBS.

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu, no final de janeiro, instaurar o chamado regime de direção fiscal na empresa.

A medida preventiva foi tomada ”considerando as anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocam em risco a continuidade do atendimento à saúde”, justificou a ANS em publicação no Diário Oficial da União.

A situação não é considerada uma intervenção, mas um técnico é designado pela ANS para acompanhar por um ano um plano de recuperação a ser adotado pela empresa, em busca do equilíbrio economico-financeiro.

Em nota enviada a operadora ressaltou que ”o processo de direção fiscal não altera a operação do Centro Clínico Gaúcho, o que inclui o atendimento aos clientes, a comercialização de planos de saúde e o relacionamento com seus colaboradores e parceiros.”

Conforme a Associação Brasileira de Planos de Saúde, há ao menos 50 operadoras sob o mesmo regime no país. A entidade, que reúne as empresas do setor, observa ainda que, nos últimos cinco anos, o número de operadoras com atuação no RS caiu de 489 para 429, retração de 12%. As dificuldades financeiras estariam entre as razões que levaram ao desaparecimento ou absorção por companhias maiores. Um dos motivos alegados costuma ser excesso de exigências de cobertura pela agência reguladora.

O caso recente mais rumoroso no país foi o da Unimed Paulistana, que passou por quatro regimes de direção fiscal desde 2009. Como não houve solução, no final de 2015, a ANS determinou a transferência dos 740 mil clientes a outros planos. Neste mês, teve decretada a liquidação extrajudicial. Mas uma liminar impediu a concretização do fechamento da operadora (leia aqui).

Governos teme calote das Unimeds em todo o Brasil

Outra notícia que preocupa prestadores de saúde e clientes, foi divulgada pelo jornal Valor Econômico, em que destacou dividas tributárias superiores a R$ 1 bilhão das Unimeds em todo o Brasil, inclusive no Rio Grande do Sul (ver aqui).

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