Estatísticas e Análises | 27 de abril de 2017

Beber cerveja favorece níveis cardíacos elevados

Cientistas alemães estudaram frequentadores da Oktoberfest e descobriram que beber pode levar a arritmias
Beber cerveja favorece níveis cardíacos elevados

A Oktoberfest de Munique pode parecer um local improvável para um projeto de pesquisa médica, mas também pode ser considerado o lugar perfeito se você quiser produzir um estudo envolvendo cerveja.

O estudo, realizado pelo jornal europeu European Heart Journal, reuniu cientistas alemães, que estudaram frequentadores de festivais e descobriram que beber, mesmo socialmente, pode levar a arritmias (ritmos cardíacos irregulares), em pessoas saudáveis. Usando um bafômetro portátil, os pesquisadores testaram 3.028 homens e mulheres que haviam bebido, porém não apresentavam sinais de embriaguez. Eles também realizaram testes com eletrocardiogramas para testar as funções cardíacas.

Mais de um quarto do grupo tinha uma condição chamada taquicardia sinusal, classificada por uma frequência cardíaca em repouso de mais de 100 batimentos por minuto. Cerca de 1 a 2 por cento da população em geral têm episódios repetidos de taquicardia, o que em alguns casos pode representar riscos.

O autor principal do estudo e professor assistente de cardiologia no Hospital Universitário de Munique, Dr. Moritz F. Sinner, disse que é esperado que o ritmo cardíaco das pessoas diminua assim que o nível de álcool fosse reduzido. Porém isso pode ser perigoso para pessoas suscetíveis à condição. “Pode ocorrer o desenvolvimento de arritmias por causa de alguma condição não diagnosticada sob o consumo do álcool”, explica.

Eles também encontraram níveis ligeiramente superiores, mas não estatisticamente significativos, de outros tipos de batimentos cardíacos irregulares, incluindo as palpitações cardíacas de fibrilação atrial, uma condição potencialmente grave. As arritmias aumentaram com níveis mais elevados de álcool.

VEJA TAMBÉM