Estatísticas e Análises | 29 de outubro de 2023

AVC já matou 87 mil pessoas neste ano e campanha acende alerta

“É possível prevenir até 90% dos casos de AVC, desde que saibamos identificar prontamente os seus sinais. O socorro ágil evita complicações graves, como perda de mobilidade, de memória, dificuldades na fala, além de reduzir o risco de morte, salvando vidas”, explica a neurologista Sheila Cristina Ouriques Martins, chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Moinhos de Vento.
AVC já matou 87 mil pessoas neste ano e campanha acende alerta

Até o momento, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) já vitimou mais de 87 mil pessoas, de acordo com o Portal da Transparência do Registro Civil, mantido pela ARPEN Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). Os dados contabilizados, até meados de outubro, apontam a doença como uma das principais causas de mortalidade no País.

Para despertar a atenção para conscientização da população, acerca da importância da prevenção – uma vez que é possível prevenir até 90% dos casos de AVC se fatores de risco forem controlados e da identificação dos sinais para socorro ágil – o dia 29 de outubro é marcado pelo Dia Mundial do AVC.

Com o slogan “Seja #Maiorque> o AVC”, a campanha mundial encabeçada pela World Stroke Organization (WSO) e endossada em território brasileiro pela Rede Brasil AVC, destaca a necessidade de que locais públicos passem a contar com aparelhos para que as pessoas possam, em qualquer lugar, a qualquer hora, verificar a pressão e, se necessário, receber assistência. O acompanhamento da pressão é um fator crucial para a prevenção e assistência adequada.


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“É possível prevenir até 90% dos casos de AVC, desde que saibamos identificar prontamente os seus sinais. O socorro ágil evita complicações graves, como perda de mobilidade, de memória, dificuldades na fala, além de reduzir o risco de morte, salvando vidas”, explica a neurologista Sheila Cristina Ouriques Martins, chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), presidente da World Stroke Organization e que também preside a Rede Brasil AVC.  A cada minuto em que o AVC não é tratado, 1,9 milhão de neurônios morrem.

Controlar os fatores de risco do AVC, como, além da hipertensão, o diabetes, o colesterol elevado, o sedentarismo, o excesso de peso, a alimentação não saudável, o tabagismo, o abuso de álcool e o estresse, é fundamental. “Ao adotarmos um estilo de vida saudável, reconhecermos nossos próprios fatores de risco e buscarmos assistência médica adequada, podemos diminuir significativamente o impacto do AVC em nossa sociedade”, conclui Sheila.

Sinais de alerta 

Os principais indícios de um AVC incluem a perda de força ou formigamento em um dos membros superiores ou inferiores, assim como no rosto, dificuldades na fala ou na compreensão, tontura, modificações na visão e dores de cabeça súbitas ou intensas, que se diferenciam das dores habituais. Ao suspeitar que alguém esteja tendo um AVC, é aconselhável pedir à pessoa para sorrir, observando se um lado do rosto permanece imóvel. Verifique também se ela consegue levantar ambos os braços para verificar se um lado está mais fraco ou se apresenta fala enrolada. Identificando uma ou mais dessas situações, ligue imediatamente para o Samu, no 192.

Sobre a World Stroke Organization (Organização Mundial de AVC) 

Único órgão global voltado exclusivamente para o AVC. Com cerca de 3.000 membros individuais e 90 membros da sociedade em todas as regiões do mundo, representa mais de 55.000 especialistas em AVC em ambientes clínicos, de pesquisa e comunitários. Mais informações: www.world-stroke.org/.

 



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