Mundo | 23 de maio de 2014

Apreendidos 9,4 milhões de medicamentos falsificados

A maior operação deste tipo já realizada no mundo atingiu 111 países
Apreendidos 9,4 milhões de medicamentos falsificados

Realizada de 13 a 20 de maio, a operação Pangea VII resultou em 1.235  inquéritos abertos e no fechamento de mais de 10.600 sites de venda de fármacos irregulares.

Comprimidos para dietas de emagrecimento, de tratamento contra o câncer, disfunção  erétil, constipação, entre outros, faziam parte da oferta irregular. Ao total 9,4 milhões de fármacos com valor de mercado aproximado de US$ 36 milhões foram retirados do alcance dos consumidores.

A origem de todo o trabalho se deu em função da descoberta de dois laboratórios ilegais na Colômbia. “As interceptações e apreensões cessam fisicamente a oportunidade de obtenção destes medicamentos, potencialmente fatais, pelos consumidores desavisados”, segundo Aline Plancon, Chefe de Investigação de Falsificações de Produtos Médicos e da Unidade de Crimes Farmacêuticos da Interpol.

Rastreabilidade e mortes

No Brasil modificações legais foram implantadas recentemente, como a publicação da Lei nº. 11.903 de 2009, conhecida como lei da Rastreabilidade. É considerado delito e classificado como crime hediondo a prática de comercialização, distribuição e venda de remédios alterados e/ou falsificados.

Medicamentos que não passaram pela aprovação e testes das agências reguladoras figuram como um grave problema global de saúde pública, matando e  incapacitando adultos e crianças indistintamente. Nenhum país está livre desse problema que assola tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Até 30% dos comprimidos consumidos no Brasil podem ser falsificados, alerta a entidade.

Estudo de 2011 da organização International Policy Network, localizada no Reino Unido, mostrou que cerca de 700 mil pessoas já morreram no mundo em decorrência do uso de remédios falsificados contra a tuberculose e a malária.

Caixas, embalagens, selos de qualidade e de inspeção, até mesmo a cor dos comprimidos são copiados pelos criminosos, que se pegos pelas autoridades brasileiras, podem ficar presos por até 15 anos.

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