Gestão e Qualidade | 23 de fevereiro de 2025

Hospital Moinhos promove mutirão de cirurgias de postectomia para pacientes em lista de espera do SUS

Evento ocorreu neste sábado (22), no Hospital da Restinga e Extremo Sul, na zona Sul de Porto Alegre.
Hospital Moinhos promove mutirão de cirurgias de postectomia para pacientes em lista de espera do SUS

No mês em que se celebra o Dia Mundial do Câncer, o Hospital Moinhos de Vento, em parceria com o Hospital da Restinga e Extremo Sul e com apoio da Sociedade Brasileira de Urologia seccional RS (SBU-RS), promoveu neste sábado (22) um mutirão de cirurgias de postectomia (correção da fimose). A ação faz parte da Campanha de Conscientização e Combate ao Câncer de Pênis. Médicos e residentes realizaram os procedimentos em dez pacientes que estavam em lista de espera do Sistema Único de Saúde (SUS).


agenda executiva da saúde caxias do sul


Realizado no Hospital da Restinga, na zona Sul de Porto Alegre, o mutirão contou com a participação dos urologistas do Hospital Moinhos de Vento associados da SBU: Rafael Carvalho Ipe da Silva – coordenador do mutirão, Karolina Brochado Jorge, Eduardo Terra Lucas, Pedro Gaertner Gayer, Eduardo Rabolini e Luis Augusto Tarragô — preceptores, fellow e coordenador da Residência Médica; Eduardo Franco Carvalhal, que é chefe do Serviço de Urologia; e Karin Jaeger Anzolch, diretora do Corpo Clínico.


health meeting brasil 2025


A cirurgia de postectomia é uma das principais medidas para combater o câncer de pênis, aliada à higiene adequada dos órgãos genitais com água e sabão. Também são fundamentais a vacinação contra o vírus HPV (que no SUS é distribuída gratuitamente dos nove aos 14 anos para meninos e meninas, e para transplantados; pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia, e pessoas vivendo com HIV/Aids), o combate ao tabagismo e a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) com uso de preservativo.


IMG_6214


Apesar de rara, a enfermidade ainda atinge estatísticas alarmantes no Brasil. Conforme dados do Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, houve mais de 22,2 mil internações devido à doença em todo o país. Nesse mesmo período, a média ultrapassou 580 amputações de pênis por ano. Entre 2014 e 2023, foram contabilizadas mais de 4,5 mil mortes em decorrência dessa neoplasia.

Um dos fatores que podem levar ao aparecimento do câncer é quando o homem tem dificuldade em expor a cabeça do pênis (glande) para higienizá-la, condição conhecida como fimose. Assim, quando a postectomia não é feita, pode acarretar acúmulo de esmegma (secreção), o que dificulta a higiene correta e propicia o desenvolvimento da neoplasia maligna.

A médica urologista e diretora do Corpo Clínico do Hospital Moinhos de Vento, Karin Jaeger Anzolch, explica que o tumor pode iniciar com alterações na pele do pênis, como mudança de cor e na textura, podendo evoluir para presença de nódulos e lesões nas virilhas, que podem indicar disseminação para os gânglios (ínguas). É necessário detectar e tratar a fimose (quando a pele da extremidade do pênis é apertada e não permite exposição da glande, a cabeça do órgão, pois não só dificulta a higiene, como também a detecção precoce das lesões).

“Não podemos ignorar os sinais de alerta, pois são eles que nos auxiliam a fazer o diagnóstico precoce, evitando consequências mais sérias, como a amputação do órgão. E se houver fimose, procure logo corrigir. O diagnóstico precoce é muito importante, mas a prevenção é a melhor arma que se tem. Ações simples, como vacinação contra o HPV e higiene íntima adequada, poderiam prevenir centenas de casos todos os anos”, destaca Karin.

Sintomas e fatores de risco

A maior incidência do câncer de pênis costuma ocorrer em homens a partir dos 50 anos, mas também pode acometer os mais jovens.

Os sinais comuns da doença geralmente são:

– Ferida que não cicatriza;


– Sangramento sob o prepúcio;


– Secreção com forte odor;


– Espessamento ou mudança de cor na pele da glande (cabeça do pênis);


– Presença de nódulos na virilha.

E entre os fatores de risco estão:

– Higiene inadequada da região íntima;


– Fimose;


– Infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano);


– Tabagismo.

VEJA TAMBÉM