A importância da segurança do trabalho para o sucesso de uma obra hospitalar
Valesca Castro, Coordenadora de SSM da CONSTRUTORA TEDESCO (Grupo HTB) explica questões importantes sobre o temaNa hora de escolher uma empresa do segmento da construção civil para a realização de obras ou reformas em hospitais, um fator é extremamente importante e não pode deixar de fazer parte da análise: o cuidado que a construtora adota com a segurança do trabalho, item que influencia diretamente na execução do projeto sem grandes percalços.
É bastante comum que as obras do segmento de saúde sejam executadas junto a complexos em plena operação, o que requer um planejamento rigoroso para garantir a segurança dos trabalhadores da construtora e dos profissionais que atuam no hospital. Adicionalmente, a segurança e o bem-estar dos pacientes é um elemento que demanda uma atenção especial, principalmente em relação ao excesso de ruídos, poeiras, vibrações, assim como o controle de resíduos gerados pela obra.
Segundo a Coordenadora de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSM) da CONSTRUTORA TEDESCO, empresa do Grupo HTB, Valesca Rembowski Castro, “o ramo da construção civil concentra altas taxas de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais devido aos riscos inerentes às suas atividades, o que pode gerar impacto na vida do trabalhador, inclusive atingindo a sua família. Impacta também a construtora e o contratante, devido à perda de produtividade, atrasos, custos adicionais e prejuízos à imagem. O nosso setor [SSM] é responsável por zelar pelo meio ambiente, pela saúde e integridade física dos trabalhadores, elaborando medidas de prevenção para eliminar ou reduzir esses riscos. ”
Treinamentos constantes
Castro destaca que o trabalho do setor consiste em uma série de cuidados e ações específicas, entre eles, treinamentos constantes para assegurar o engajamento do trabalhador com a sua própria segurança e com a dos que estão à sua volta. “É comum atuarmos dentro de unidades em operação, de modo que a interface obra x hospital e os fluxos pacientes x operários precisam ser muito bem estudados e alinhados. Às vezes estamos executando um prédio ao lado do hospital. Em outras ocasiões, estamos trabalhando dentro dele. Estas interfaces trazem ao planejamento a participação do SESMT [Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho], bombeiros e controle de infecção do contratante. Há uma série de riscos a serem considerados”, explica a engenheira de segurança da TEDESCO.
“Promovemos diariamente, os Diálogos Diários de Segurança (DDS), por exemplo. São micro reuniões de cerca de 10 a 15 minutos com as equipes em suas frentes de trabalho, conduzidas pelos líderes de cada grupo. São tratadas questões da segurança do trabalho, com enfoque nas atividades programadas para o dia. Adicionalmente há encontros gerais, realizados duas vezes por semana, de forma mais coletiva. Há ainda os treinamentos dito legais ou obrigatórios, e aqueles específicos para operar equipamentos, ferramentas; além de aspectos de ergonomia, uso de EPIs [Equipamentos de Proteção Individual], e realização de atividades de alto risco como trabalhos em altura”, completa Castro.
A priorização da segurança
“A TEDESCO traz para as obras de infraestrutura em saúde toda a sua experiência na execução de obras industriais, que também tem como característica, a interface com o contratante. Abarcamos todo o conhecimento adquirido com os últimos projetos de saúde desenvolvidos, em especial na administração dos riscos que a obra pode trazer ao hospital”, diz.
“É importante destacar que a expertise em segurança do trabalho é um fator que fornece um maior grau de confiança ao contratante. Nós priorizamos muito esta questão. Através do Grupo HTB, temos um setor jurídico que nos ajuda a manter um modelo de trabalho muito bem construído, controlado e alinhado às legislações referentes à prevenção contra acidentes. Toda ocorrência mais grave ou fatalidade interrompe a obra para que ocorram apurações. Trabalhamos previamente para que isto não ocorra, diminuindo também os possíveis riscos jurídicos para o nosso cliente. Por isso é muito importante contratar uma empresa séria e com experiência para realizar obras no segmento da saúde. Seria antagônico contratar uma empresa para fazer uma obra hospitalar e não avaliar muito bem quais construtoras priorizam a questão da saúde e segurança no trabalho”, complementa Castro.
A TEDESCO tem em sua trajetória obras – realizadas ou em andamento – para clientes como Moinhos de Vento (RS), Santa Casa de Porto Alegre (RS) – Hospital Nora Teixeira e retrofit do Hospital Dom Vicente Scherer -, Mãe de Deus (RS), Tacchini (RS), Federação Unimed SC, Unimed Concórdia (SC), Instituto do Cérebro (RS), Centro Clínico da Unimed Porto Alegre (RS), ACCD Porto Alegre (RS), Hospital São José (SC) e Santa Vita Saúde Center (SC).
Integração com as equipes do hospital
A engenheira afirma que um pilar importante do processo é a integração com as equipes da instituição hospitalar. “Existem as duas vias: o risco que a obra representa para o hospital e o risco que o hospital representa para a obra. Num primeiro momento, a maior preocupação é avaliar como a obra pode apresentar riscos ao hospital. A intervenção pode gerar barulho, vibração, poeira, fumaça, ou seja, uma série de agentes ambientais maléficos para o dia a dia do estabelecimento de saúde, um local altamente controlado”, reforça.
“Para minimizar os riscos, adotamos diversas ações, como a correta captação e minimização das poeiras que geramos; controles rigorosos para evitar um princípio de incêndio; avaliação e substituição de materiais; e até mesmo, a sugestão de mudança de sistemas construtivos pelos nossos engenheiros para evitar processos que gerem uma vibração muito intensa ou que aumentem o tempo da obra, ajudando a reduzir os impactos para a operação hospitalar. Há ainda momentos em que temos que ter adaptabilidade, como parar a obra por alguns minutos ou até mesmo horas, sempre que o hospital solicita. Esta interface é muito importante, já que a principal preocupação é o paciente que se encontra em atendimento. Não é incomum promovermos momentos de sensibilização do nosso pessoal com a participação dos profissionais do hospital, explicando os motivos dos rígidos cuidados e apresentando o ponto de vista da equipe assistencial e a necessidade de garantir o bem-estar dos pacientes. ” A TEDESCO, ao longo de sua história de 74 anos, tem uma forte marca de relacionamento com seus clientes de modo muito transparente, o que facilita a integração em momentos de novos desafios, pela proximidade e abertura de comunicação, complementa Castro.
Covid-19
Durante a pandemia, a TEDESCO teve autorização para prosseguir com as obras de saúde e da educação, consideradas essenciais pelas autoridades. Conforme a engenheira, a criação de um Comitê de Crise foi o primeiro passo para a criação do Plano de Contingência da Covid-19, onde foram estabelecidos os protocolos a serem adotados. Tal documento segue sendo adaptado e revisado, à medida que a legislação sobre o tema ganha alterações. “A HTB criou um comitê coorporativo só para tratar das questões de Covid-19, o que nos deu um respaldo muito grande. O setor nos passava cartilhas e orientações em nível nacional, e o nosso pessoal adaptava os materiais aos protocolos regionais. Controlamos tudo, minuciosamente”, explica Castro.
Mesmo assim, a especialista destaca que o lado psicológico foi uma preocupação adicional que o setor teve que lidar. “A pandemia nos trouxe muitos ensinamentos e desafios. Tanto no plano técnico e de logística, como na parte motivacional e de gestão das pessoas. Foi preciso lidarmos com as angústias e dúvidas dos nossos colaboradores. Afinal, eles estavam trabalhando próximos a um ambiente com elevado risco de contaminação, inclusive no pior momento da pandemia. ”
Castro lembra que, com a piora da pandemia, os profissionais começaram a demonstrar receios. “A parte humana, de entender o medo, dar respaldo e amparo aos nossos colaboradores foi essencial para lidarmos com a situação. Ao ouvirmos suas preocupações, decidimos usar macacões especiais que cobriam todas as partes do corpo, indo além do que preconizavam os protocolos, para que se sentissem ainda mais seguros. A partir daí, conseguimos manter os nossos colaboradores confiantes para seguirem trabalhando. Nesta obra em específico, com o engajamento de todos e com os controles adotados, não tivemos nenhuma infecção por Covid, mesmo no momento mais crítico da pandemia. Em geral, nossas obras tiveram um baixíssimo número de contaminados. E mesmo com todas as dificuldades, as obras não sofreram atrasos, o que garantiu que as entregas se concretizassem dentro do esperado”, finaliza.