A regional do Rio Grande do Sul da Associação Brasileira de Planos de Saúde (ABRAMGE) realizou a sua 3ª reunião regional no dia 13 de julho, em Porto Alegre. Na pauta estavam discussões acerca das ações jurídicas da Associação – como alteração e substituição de rede hospitalar e ressarcimento SUS; as atividades políticas, Projeto de Lei 7419/2006 e PIS/Cofins; além dos trabalhos da comissão econômica da instituição.

O tema mais destacado, porém, foi com relação às ações judiciais que a ABRAMGE entrou nos Estados Unidos contra empresas de OPME (órtese, prótese e materiais especiais) que cometeram fraude no Brasil. Em entrevista exclusiva ao portal de notícias Setor Saúde, da FEHOSUL, o presidente nacional da ABRAMGE, Reinaldo Scheibe, explicou que a Associação já entrou com oito ações contra 11 empresas. Devido a essa iniciativa da ABRAMGE, uma das empresas já confessou a fraude ao governo americano e pagou multa de 30 milhões de dólares à Bolsa de Valores dos EUA, pois interferiu nos assuntos financeiros dos acionistas e do mercado. Além disso, a empresa em questão assumiu que pagou propina para médicos brasileiros. A Associação espera que a justiça norte-americana feche alguns acordos já este ano.

Hospitais

O presidente afirmou que não se pode generalizar e afirmar que são todos os médicos e todos os hospitais que praticam a fraude. “Temos identificado [médicos e hospitais], mas a generalização é indevida”.

Segundo o Scheibe, a iniciativa da ABRAMGE é importante para o paciente porque, com isso, ele “só será operado se houver a necessidade de ser operado, e não mais fraudado, fazer uma cirurgia desnecessária para alguém ganhar dinheiro”.

Sobre o futuro, o presidente falou ao Setor Saúde que a ABRAMGE já está “detectando fraudes em quimioterapias”, e que pretende seguir as mesmas ações realizadas com relação às OPME. Confira a entrevista exclusiva do presidente da ABRAMGE a seguir: