Durante a 64 ª Sessão Científica Anual do American College of Cardiology, foi destacado um importante benefício dos ácidos graxos Ômega-3 na recuperação de pacientes que sofreram ataque cardíaco.

O pesquisador Raymond W. Kwong liderou uma pesquisa com 374 pacientes sobreviventes de ataques cardíacos que receberam a terapia padrão (4.000 mg de ômega 3 ou um placebo) diariamente, durante seis meses. Nas amostras de sangue foram analisados os níveis de ômega-3 e outros fatores, e uma ressonância magnética cardíaca foi realizada – duas a quatro semanas após o início e depois na conclusão do estudo.

Os resultados mostraram que os níveis de omega-3 no sangue tinham aumentado entre 92%, da mesma forma que reduziu o ST2, um marcador da gravidade cardíaca e da fibrose do tecido. As imagens indicaram que o grupo que usou ômega-3 teve menos deterioração da função cardíaca, em comparação com aqueles que receberam placebo. “Os ácidos graxos ômega-3 podem ter efeitos anti-inflamatórios e também promover uma melhor cicatrização cardíaca”, comentou Dr. Kwong, diretor de ressonância magnética cardíaca no Hospital Brigham and Women. “Isto é importante porque outros agentes anti-inflamatórios, incluindo drogas anti-inflamatórias não-esteroides (AINES), têm falhado em fazer a diferença após enfarte do miocárdio.”

Kwong disse que as doses mais elevadas de ômega 3 não foram associadas com qualquer um dos principais riscos, como aumento de hemorragias. “É uma terapia muito bem tolerada”, disse o especialista que destaca a importância de um consumo diário de 4 g, aproximadamente um filé de peixe, tais como salmão, atum, truta e sardinha, que contêm a maior concentração de ômega 3.