Veja como funciona o da Vinci, robô cirurgião de R$ 6 milhões
Precisão da ferramenta cirúrgica é mostrada em detalhesUm vídeo demonstração publicado no canal Da Vinci Surgery registra a precisão do robô cirurgião da Vinci. Um profissional especializado consegue “costurar” uma casca de uma uva dentro de uma garrafa.
Mais do que mostrar a capacidade do robô, o procedimento ajuda profissionais a treinarem as habilidades no manejo da ferramenta cirúrgica. As cirurgias feitas pelo robô cirurgião costumam ser urológicas, no aparelho digestivo e na região da cabeça e pescoço. Intervenções cardíacas e para tratar problemas ginecológicos também são realizadas.
Denominado oficialmente em inglês por The da Vinci Surgical System, o robô tem quatro braços, semelhante a um polvo. Um possui uma câmera, enquanto os outros três ficam livres para portar pinças, tesouras e bisturis. O médico operador fica em uma mesa de controle e visualiza pela câmera os pequenos espaços e cavidades dentro do corpo do paciente (no caso do vídeo, a uva dentro da garrafa). À medida que o médico move as mãos e os dedos, o robô reproduz seus movimentos.
No vídeo, as cascas da uva são de apenas frações de 1cm de espessura. Cirurgiões usam o dispositivo para serem capazes de trabalhar de forma eficaz dentro do corpo dos pacientes que utilizam a cirurgia laparoscópica em vez de criar incisões maiores – o corte cirúrgico do robô é, geralmente, de cerca de 2cm –. Apesar da fragilidade de uma uva normal, que tem menos de uma polegada de comprimento, a fruta é deixada em quase perfeito estado após o robô suturar até o último ponto.
Hospitais pagam até US$ 2 milhões (aproximadamente R$ 6 milhões na cotação do dia 13) pelo sistema de cirurgia, cujo custo de serviço anual gira em torno de US$ 100 mil (ou R$ 300 mil). No Brasil, instituições como o Hospital Sírio-Libanês e o Albert Einsten de São Paulo possuem unidades. No Rio Grande do Sul, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre utiliza o sistema desde 2013.