Mundo | 3 de maio de 2018

Primeiro transplante de pênis e escroto no mundo é realizado nos EUA

Procedimento foi realizado pela Universidade Johns Hopkins
Primeiro transplante de pênis e escroto no mundo é realizado nos EUA

Um soldado norte-americano ferido no Afeganistão foi submetido ao primeiro transplante completo de pênis e escroto no mundo, realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos. O procedimento cirúrgico foi realizado no dia 26 de março.

Uma equipe de nove cirurgiões plásticos e dois cirurgiões urológicos participou da cirurgia de 14 horas. Eles transplantaram de um doador falecido todo o pênis, escroto (sem testículos) e parede abdominal parcial. Transplantes penianos já haviam sido feitos, mas este é o primeiro que inclui a soma do escroto no procedimento, o que representa um avanço para a medicina.

O ex- combatente deseja permanecer anônimo. Ele se recuperou da cirurgia e foi liberado do hospital no final de abril. O transplantado afirmou que o ferimento sofrido “não era fácil de aceitar”, mas agora se sente “mais normal” e com “um certo nível de confiança também”. A lesão devastadora ocorreu há vários anos, por um dispositivo improvisado enquanto o soldado servia no Afeganistão.

“Estamos otimistas de que ele recuperará as funções urinárias e sexuais quase normais”, disse W. Andrew Lee, diretor de cirurgia plástica e reconstrutiva da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.

O paciente, que também perdeu as duas pernas na explosão, antes de deixar o hospital, teve o cateter da bexiga removido e a função urinária restaurada. A função sexual, incluindo a sensação e a capacidade de obter uma ereção, pode ser obtida em cerca de seis meses, de acordo com Richard Redett, cirurgião plástico da Johns Hopkins e diretor clínico do programa de transplante geniturinário.

Os médicos decidiram não dar os testículos do paciente depois de consultar os bioeticistas. Eles determinaram que o tecido gerador de espermatozoides conferiria o potencial para ter filhos com material genético do doador. Duas semanas após a cirurgia do pênis, o paciente recebeu infusões de medula óssea do doador.

Com informações da Johns Hopkins Medicine. Edição do Setor Saúde.

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