Gestão e Qualidade | 3 de março de 2014

Planos de saúde e os riscos para os usuários

Ampliação das redes de atendimento próprias restringe livre escolha
Planos de saúde e os riscos para os usuários

Um levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostra que pelo menos 40% dos planos de saúde possuem uma rede própria de atendimento. A busca das operadoras em ampliar seu número de hospitais, clínicas e ambulatórios, não é um assunto devidamente analisado e atinge cerca de 50 milhões de brasileiros usuários de planos de saúde.

A responsabilidade de fiscalizar o setor é do poder público, principalmente pelo descompasso entre a expansão de novos usuários de planos e o crescimento da rede de atendimento.

Para minimizar as dificuldades dos usuários a ANS fixou (em dezembro de 2011) prazos máximos para cirurgias, exames laboratoriais e consultas. O objetivo era incentivar a ampliação do atendimento. No entanto, a solução encontrada por grandes operadoras de planos de saúde, ao invés de credenciar novos hospitais, clínicas, laboratórios e médicos, deu-se através da expansão de redes próprias que limita a capacidade de escolha do paciente.

O presidente da FEHOSUL, médico Cláudio Allgayer, mostra-se preocupado com esta tendência que “induz a oligopolização do setor, com poucos players concentrando os atendimentos em hospitais e demais serviços próprios, com evidentes riscos à manutenção da qualidade dos serviços assistenciais, além de restringir a livre escolha aos pacientes”, asseverou o dirigente da entidade.

 

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