Gestão e Qualidade | 2 de novembro de 2022

Pembrolizumabe coloca a MSD entre as protagonistas da Oncologia

Ao Setor Saúde a oncologista e diretora médica da farmacêutica Dra. Marcia Abadi Datz destaca que o imunoterápico da MSD vem mudando prognóstico e aumentando o tempo de vida de pacientes com câncer
Pembrolizumabe coloca MSD como protagonista entre as gigantes da oncologia

Em um curto espaço de tempo, a farmacêutica MSD (Merck, Sharp & Dohme), se consolidou como um dos principais players da Oncologia mundial e brasileira. O sucesso desta alavancagem tem nome: pembrolizumabe, um medicamento (anticorpo monoclonal) que estimula o próprio sistema imunológico a se defender do câncer. Desde 2021, o medicamento está no topo da lista de vendas de medicamentos sob prescrição médica no Brasil, segundo a IQVIA.

No Brasil, o pembrolizumabe vem ganhando amplitude com uso em tratamentos para diferentes tipos de cânceres, conforme explica a Dra. Marcia Abadi Datz, oncologista e diretora médica da MSD. “O medicamento tem 26 indicações pela Anvisa para diferentes tipos de tumores como os de pulmão, pele (melanoma), rim, bexiga, estômago, esôfago, cabeça e pescoço, Linfoma de Hodgkins, mama triplo negativo, endométrio, entre outros. ”

Entre as indicações mais recentes estão as de melanoma, mama e de colo de útero, assim como para alguns tumores com uma alteração específica de reparo de DNA, conforme detalha Datz. “As aprovações mais recentes realizadas pela Anvisa foram para melanoma em estágio mais inicial, nos estadios IIB ou IIC após a ressecção completa (em 3/10/2022), câncer de mama triplo negativo inicial de alto risco (em 23/05/2022), câncer de mama triplo negativo metastásico (em 09/05/2022), câncer de colo de útero (em junho/2022) e para alguns tumores com uma alteração específica de reparo de DNA (em agosto 2022).”


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Estudos no Brasil e no mundo

Com este avanço, uma série de estudos estão sendo feitos no Brasil atualmente. “Hoje no Brasil existem mais de 60 estudos em andamento em mais de 400 centros pelo país, o que envolve mais de 1.200 pacientes brasileiros com os diversos tipos de câncer”, completa.

Recentemente, a farmacêutica apresentou mais de 15 estudos no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) 2022, o mais conceituado evento médico de oncologia da Europa, realizado em Paris. Os estudos fazem parte de um portfólio invejável em pesquisa e desenvolvimento, com mais de 2 mil estudos clínicos em andamento na área de Oncologia. “Os dados demonstram perspectivas de melhorias na sobrevida dos pacientes em vários tipos de tumores como o de mama, endométrio, colo de útero, pulmão e outros”, reforça.

Conforme explica a dra. Datz, a imunoterapia mudou o prognóstico e aumentou o tempo de vida de pacientes com câncer. Para se ter uma ideia, há 10 anos atrás, a cada 100 pacientes com câncer de pulmão avançado tratados, um estava vivo após 5 anos. Atualmente são 32 pessoas. Apenas 15% dos pacientes com melanoma avançado estavam vivos após 3 anos. 

“Os resultados desses estudos são divulgados em grandes congressos médicos que reúnem especialistas em todo o mundo. Mas para os que quiserem olhar mais de perto e ver o que está em andamento, existe uma plataforma mundial que reúne todos os estudos em condução ao redor do planeta, inclusive os da MSD: é chamado clinicaltrials.gov, e lá é possível realizar buscas pelo nome da molécula “pembrolizumab” e os diferentes tipos tumorais de interesse”, indica a diretora médica da MSD.

PEMBROLIZUMABE-CANCER-RESULTADOS

Explorar o potencial da  imuno-oncologia e aquisições estratégicas

“Como parte do foco na oncologia, a MSD  está comprometida em explorar o potencial da  imuno-oncologia  com um dos maiores programas de desenvolvimento da indústria em mais de 30 tipos de tumores, o maior programa de pesquisa clínica de imuno-oncologia do mundo. O programa clínico do pembrolizumabe busca entender o papel do medicamento em diferentes tumores, bem como quais os fatores que indicam a probabilidade de um paciente se beneficiar da terapia, inclusive através da análise de vários biomarcadores”, analisa. 

A MSD está avançando rapidamente em um amplo portfólio de cânceres femininos com um extenso programa de desenvolvimento clínico para pembrolizumabe e outros medicamentos em vários tumores ginecológicos e de mama.

“Para as pessoas com câncer de mama triplo negativo em estágio inicial, a imunoterapia pembrolizumabe reduziu o risco de ocorrência de eventos relacionados à doença ou morte em até 37% comparado à quimioterapia convencional e pacientes com o mesmo tipo de tumor em estágio avançado com expressão de um marcador específico, o PD-L1, tiveram redução do risco de morte em 27%”, detalha.

Aquisições também têm sido uma das estratégias para ampliar a área de oncologia da empresa farmacêutica. “Também continuamos fortalecendo nosso portfólio por meio de aquisições estratégicas e priorizando o desenvolvimento de vários candidatos promissores em oncologia com potencial para melhorar o tratamento de cânceres.”


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MSD mira novos tratamentos promissores

A MSD segue investindo forte em inovação para a área oncológica, com respostas promissoras em análises iniciais, segundo Datz. Novas drogas, explica a especialista, têm grandes chances de repetir o sucesso do pembrolizumabe. 

“A MSD segue comprometida com inovações para melhorar a vida das pessoas e tem em seu portfólio de desenvolvimento clínico diversas moléculas que atuam de forma complementar às atuais imunoterapias. Esses novos imunoterápicos tem novos alvos terapêuticos, atuando em diferentes etapas da resposta imune antitumoral, e demonstraram respostas promissoras em suas análises iniciais. E não paramos por aí, além da classe da imunoterapia, novas abordagens também têm sido desenvolvidas pela companhia, como vacinas e anticorpos droga-conjugados”, finaliza.

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