Gestão e Qualidade | 15 de novembro de 2022

Paciente da Santa Casa toca saxofone durante cirurgia para a retirada de tumor cerebral

Segundo o neurocirurgião Marcelo Schuster, a técnica com o paciente acordado é especialmente útil em casos que o tumor está localizado em regiões diretamente envolvidas com os mecanismos de linguagem e realização de funções específicas, como tocar um instrumento
Paciente da Santa Casa de Porto Alegre toca saxofone durante cirurgia para a retirada de tumor cerebral

Na tarde desta segunda-feira (14), o agricultor e músico Vilson, de 60 anos, foi submetido a um procedimento para a retirada de um tumor cerebral e, ao mesmo tempo, pode praticar uma de suas paixões: tocar saxofone. A cirurgia, realizada no Hospital São José, no complexo hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre, foi liderada pelo neurocirurgião Marcelo Schuster.

Segundo o médico, a técnica de cirurgia de tumor cerebral com o paciente acordado é especialmente útil em casos que o tumor está localizado em regiões diretamente envolvidas com os mecanismos de linguagem como falar, entender situações, fazer cálculos, interpretar textos e contextos, além realizar funções específicas como tocar um instrumento musical, como foi o caso do seu Vilson.


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“O paciente é submetido a testes neurológicos específicos durante a cirurgia e, com o auxílio da estimulação elétrica cerebral ou monitorização neurofisiológica intraoperatória, é possível conseguir mapear áreas cerebrais fundamentais que não podem ser ressecadas. Somente assim é possível retirar o máximo de tumor causando mínimo ou nenhum déficit neurológico permanente”, explica Schuster.

O paciente sente dor durante o procedimento?

Como destaca o médico, outro ponto que gera curiosidade é sobre a dor durante o procedimento. “O tecido cerebral em si não possui terminações nervosas, por isso conseguimos manipular o cérebro sem que o paciente sinta dor. A pele, osso, e membranas que envolvem o cérebro, e que podem causar dor, recebem uma anestesia especifica”, ressalta o neurocirurgião.

Crédito: Carol Fornasier/Santa Casa

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