Gestão e Qualidade | 10 de dezembro de 2012

Operadoras de saúde enfrentam cenário pouco animador

UnitedHealth projeta lucro para 2013 abaixo do esperado e Unimed Paulistana contabiliza R$ 100 milhões em perdas neste ano
Operadoras de saude enfrentam cenario pouco animador

UnitedHealth Group anunciou recentemente que o lucro para 2013 deve ser abaixo do esperado pela média de mercado, segundo as projeções da empresa. Em outubro deste ano o grupo americano efetivou a compra da operadora de saúde Amil, em uma transação de cerca de R$ 10 bilhões.

A projeção de lucro da empresa está entre US$ 5,25 e US$ 5,50 para o próximo ano. A receita estimada deve situar-se entre US$ 123 bilhões e US$ 124 bilhões. O lucro líquido da seguradora no terceiro trimestre de 2012 cresceu 23% por causa do aumento do número de beneficiários, o lucro maior com os serviços de saúde e a manutenção dos custos médicos.

Com a projeção de lucro para o próximo ano abaixo das previsões do mercado, a aquisição da Amil pela seguradora americana pode ser a opção de crescimento em 2013, segundo executivos da empresa. Isso porque, as expectativas de reaquecimento da economia dos Estados Unidos, e a expansão do nível do emprego ainda apresentam ritmo lento.

 

Unimed Paulistana

A Unimed Paulistana, segunda maior cooperativa do país com mais de 900 mil beneficiários, está com a sua saúde financeira inspirando cuidados. Proibida pela ANS de comercializar 37 dos 80 planos de saúde desde julho deste ano, a empresa fez uma previsão de encerramento deste ano com perdas de R$ 100 milhões e receita de R$ 2,8 bilhões. Em 2011, a Unimed Paulistana encerrou o ano com prejuízo de R$ 25,4 milhões e receita de R$ 2,5 bilhões.

Um diferencial da Unimed Paulistana é que os usuários das Unimeds de outras regiões do país, que possuem um plano com cobertura nacional, podem ser atendidos também por médicos e hospitais credenciados de São Paulo.

Há cerca de três anos a Unimed Paulistana reconheceu um passivo fiscal de R$ 1,1 bilhão. Entre o período de setembro de 2009 a março de 2011 a ANS aplicou na cooperativa o regime de direção fiscal, colocando um diretor nomeado pela agência para atuar no dia a dia da empresa.

VEJA TAMBÉM