Mundo | 22 de março de 2013

Na Espanha, valor pago pelos medicamentos será de acordo com a renda do cidadão

"Copago" divide população em três grupos
Na Espanha, valor pago pelos medicamentos será de acordo com a renda do cidadão

Em busca de soluções para amenizar os efeitos da crise econômica na Europa, novas medidas restritivas deverão ser aplicadas no sistema de saúde espanhol. A ministra da Saúde, Ana Mato, anunciou na última quinta-feira, 21, uma nova proposta pela qual os cidadãos precisarão pagar pelos medicamentos receitados de acordo com sua renda.

Anteriormente, os trabalhadores em atividade adquiriam um medicamento pagando 40% do valor total. Desde reunião feita em setembro de 2012, foi decidido que aqueles com renda anual entre € 18 mil a € 100 mil pagariam metade dos custos (veja aqui). A proposta atual é uma divisão em três escalas: os que ganham de € 18 mil a € 36 mil; de € 36 mil a € 72 mil; e os que recebem € 72 mil a € 100 mil. O debate agora gira em torno da porcentagem que cada grupo terá que contribuir.

O governo da Espanha ainda não pensa em rever o caso da população com renda inferior a € 18 mil, que antes de setembro conseguia acesso a remédios gratuitamente. Os “sin papeles” (imigrantes ilegais) seguem excluídos do sistema.

Na reunião de quinta-feira também foi aprovado um calendário de vacinas, que erá revisado sempre a cada dois anos. O projeto contempla oito imunizações e estabelece as idades dos pacientes a serem assistidos. Grupos opositores criticam o calendário, considerado “demasiadamente básico”. A Asociación Española de Pediatría (AEP), a Asociación Española de Vacunologia e a Sociedade Española de Medicina Preventiva, afirmam que faltam vacinas fundamentais, como as que combatem pneumonia pneumocócica. Outro ponto polêmico é a vacina para catapora, estabelecida para crianças a partir de 12 anos, idade em que quase 90% das crianças já passou da época de maior risco.

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