Gestão e Qualidade | 11 de setembro de 2013

Grupo de Análises Clínicas reivindica reajuste de pagamentos

Há quase 20 anos sem reajustes, o SUS foi um dos principais temas de reunião no CRF
reuniao crf

Na última sexta-feira, 6, o Conselho Regional de Farmácia (CRF) recebeu a primeira reunião do Grupo de Análises Clínicas para abordar a questão da remuneração do Sistema Único de Saúde (SUS). Há 19 anos sem reajuste, a equipe coordenada pelo diretor executivo da FEHOSUL, dr. Flávio Borges, espera que o problema não complete duas décadas.

Outra preocupação do Grupo é a remuneração da Unimed, que quando pratica um CH de 0,18, acaba por pagar os laboratórios de análises clínicas em patamares inferiores aos do SUS. Estudou-se, ainda, a recomposição de valores e a aplicação de reajustes anuais periódicos. Outro ponto sugerido foi a cobrança de uma taxa por coleta, para compensar os custos do próprio procedimento e as novas tecnologias aplicadas para a coleta de sangue.

Os participantes da reunião consideram importante abordar a questão do SUS nos níveis municipal, estadual e federal. O encontro contou com a presença do bioquímico Carlos Voegeli, diretor do Laboratório Central de Análises Clínicas da Santa Casa de Porto Alegre. Ele afirma que a situação dos laboratórios deve ser imediatamente revertida.

“A sociedade tem que ser informada de que qualidade tem preço. Reivindicamos um valor justo pela alta qualidade de desempenho do setor”, considera Voegeli.

No atual modelo de qualidade de trabalho, aplica-se a sistemática de repetir os exames que foram anormais, para a total garantia do processo. Essa medida geralmente não é reconhecida pelos tomadores de serviços e, assim, não há remuneração.

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