No ano em que a pandemia possibilitou a retomada do ritmo normal nos hospitais, o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) comemora o alcance de resultados positivos relacionados à assistência e o destrave de projetos antigos, como os planos de Demissão Voluntária e de Previdência Complementar. O diretor-presidente Cláudio Oliveira é o quarto entrevistado da série especial do portal Setor Saúde, iniciativa que apresenta a análise de lideranças de hospitais e operadoras do Rio Grande do Sul sobre temas relacionados à gestão e ao setor da saúde.

Oliveira aponta as conquistas de 2022, citando as inaugurações mais importantes. Ele apresenta ainda as principais diretrizes, aborda tendências que ditarão os rumos da saúde nos próximos anos e fala sobre o principal gargalo que precisará ser foco de atenção do próximo governo, relacionado à saúde pública. Confira.

Avaliação e conquistas do ano de 2022 e o Centro de Oncologia e Hematologia

“O ano de 2022 foi tranquilo, primeiro pela diminuição dos casos de Covid-19 e segundo porque voltamos a normalidade nos atendimentos das outras doenças. Os ritmos dos hospitais voltaram ao normal”, avalia.

“No Hospital Conceição inauguramos o Ambulatório da Oftalmologia e a nova recepção (foto abaixo), no Hospital Cristo Redentor a reforma de 28 leitos clínicos, no Hospital Criança Conceição a reforma do Ambulatório e a nova Rouparia, no Fêmina teve a reforma da UTI. Foi um bom ano para o GHC. “

“No Recursos Humanos tivemos PDV [Plano de Demissão Voluntária] com adesão de cerca de 600 empregados, entrega do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, Estudo do Dimensionamento da Força de Trabalho e agora em dezembro, a aprovação no Conselho de Administração, do Plano de Previdência Complementar, todas estas demandas de mais de 30 anos no GHC”, destaca o diretor presidente.

“Para 2023 a principal inauguração será o Centro de Oncologia e Hematologia do GHC, obra tão esperada e que deverá ser inaugurada até final de 2023”, completa.

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Indicadores assistenciais 

“Os números assistenciais do GHC foram muito bons, tivemos: Taxa de Mortalidade Institucional de cerca de 4,62%, Taxa de Ocupação de Leitos de UTI Adulto em cerca de 92,73%, Taxa de Ocupação de Leitos Geral de 81,64%, Taxa de Ocupação de Leitos Clínicos de 102,96%, Tempo Médio de Permanência em UTI adulto de 8,89 dias, ou seja, números excelentes para fechar 2022. ”

Objetivos estratégicos

Segundo Oliveira, os objetivos estratégicos do Grupo estão em constante avaliação, “com foco principal para a assistência, aos atendimentos, ao orçamento, à gestão de pessoas e à obra do Centro de Oncologia (foto abaixo).”

Tendências e/ou inovações ditarão os rumos da saúde nos próximos anos

Para o atual diretor presidente, a pandemia trouxe à tona a importância de investimentos direcionados para a jornada de transformação digital nos hospitais. “O mercado da saúde ficou ainda mais aquecido com a pandemia, as tecnologias são de fundamental importância, pois podemos monitorar na palma da mão os dados que antes tinham que ser analisados em papel. A vinda de empresas com expertise e excelência nessas áreas, com certeza só irá aumentar. ”

Gargalo principal 

“O principal gargalo da saúde será o orçamento para 2023, visto que o Ministério da Saúde necessita de recursos para manutenção do Sistema Único de Saúde (SUS), talvez seja o maior gargalo a ser enfrentado em 2023, o custeio das ações do SUS”, finaliza Oliveira.

Série Especial

Pelo quinto ano consecutivo, o portal Setor Saúde apresenta a série especial de entrevistas com executivos da saúde do Rio Grande do Sul. Neste ano, as matérias serão publicadas a partir do dia 27 de dezembro. Acompanhe as nossas redes sociais (facebook, twitter, linkedin) para ficar atualizado sobre as publicações ou acesse www.setorsaude.com.br.