Empregabilidade e Aperfeiçoamento, Gestão e Qualidade | 13 de setembro de 2016

Geração Millennials está melhorando aspectos chave para a saúde

Artigo aponta seis formas para integrar os princípios de bem-estar e o envolvimento dos funcionários
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A chamada geração Millennials (ou geração Y), composta por jovens nascidos após 1982, compreende cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. Esse grupo é capaz de influenciar outras gerações com seus comportamentos e lógicas de consumo, transformando o mercado nas mais diversas áreas, entre elas a saúde.

Como destaca o portal norte-americano do grupo de pesquisas Gallup, “obesidade e comportamentos pouco saudáveis estão custando centenas de bilhões de dólares anualmente”. Felizmente, uma busca pelo bem-estar é um importante foco notado entre os integrantes da geração Millenials.

“Por exemplo, 20,1% dos Millennials dos EUA são obesos, em comparação com 32,5% dos adultos que não são dessa geração, e apenas essa geração têm visto a sua taxa de obesidade decair desde 2008. Os Millennials também contrariam a tendência no aumento da diabetes a nível nacional, com redução de 0,5%, em comparação com pessoas que tinham entre 19 e 35 em 2008, enquanto que as taxas têm subido implacavelmente entre todos os outros adultos”.

Com a geração Y sendo, atualmente, cerca de dois quintos da força de trabalho dos EUA, as lideranças e gestores têm uma grande oportunidade de trabalhar em cima da positividade e preocupação com bem-estar dessa geração, levando a amplas melhorias em toda a força de trabalho.

“Com esta oportunidade, surge também a necessidade de administrar a geração millenials de uma forma que cultive e incentive escolhas saudáveis e aproveite este exemplo para que outros possam seguir. Ao fazer isso, os gestores têm uma chance real de melhorar significativamente os resultados de negócios, que o bem-estar influencia significativamente”.

Seis grandes mudanças na liderança

Um relatório do site Gallup chamado “Como os Millennials querem trabalhar e viver” (How Millennials Want to Work and Live) revelou seis grandes diferenças entre as expectativas dessa geração e aquelas de gerações anteriores em relação à vida pessoal e profissional.

“Os millennials não querem apenas um emprego e um salário; eles querem um propósito em seu trabalho e algo que se integre à sua vida. Eles buscam o desenvolvimento e diálogos, em vez de simplesmente satisfação no trabalho e revisões anuais. Eles querem que o gestor seja um treinador, não um chefe tradicional. E querem ser geridos de acordo com os seus pontos fortes, não seus pontos fracos”.

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Cada uma dessas disciplinas se conecta ao bem-estar dos Millennials, permitindo às organizações aproveitarem seu poder para alcançar resultados críticos para o sucesso econômico da instituição. “A melhoria, desde 2008, em muitas métricas-chave do bem-estar físico entre essa geração dá aos líderes uma oportunidade única de aproveitar esse impulso e amplificá-lo, maximizando o potencial do capital humano para os próximos 30 anos”.

Como as lideranças podem ampliar o bem-estar dos Millennials

Aqui estão os principais passos que líderes e as organizações podem adotar:

1) Ajudar a geração a entender como suas funções estão ligadas à finalidade da sua organização, e como o bem-estar pessoal influencia. 

Os gestores podem ter certeza de que a geração Y entende que a organização não pode atingir totalmente o seu objetivo, sem uma força de trabalho que esteja forte em termos de bem-estar. E os líderes podem criar um quadro para cada funcionário que demonstre que o cumprimento dos objetivos da organização é dependente, em parte, do seu bem-estar pessoal.

2) Construir engajamento entre os trabalhadores, enquanto conecta simultaneamente pontos fundamentais de envolvimento com resultados de bem-estar.

O engajamento é uma prova do aumento da participação dos trabalhadores nos programas de bem-estar, e funcionários engajados são muito mais propensos a se sentirem à vontade para discutir o bem-estar com os seus gestores. Entre a geração Millenials, no entanto, apenas 29% estão envolvidos em seus trabalhos, o que mostra uma oportunidade perdida para qualificar o bem-estar da instituição.

3) Determinar e alavancar os pontos fortes individuais de cada profissional em busca de um melhor bem-estar.

Se um empregado é altamente competitivo ou orientado por conquistas, incentivá-lo a entrar em uma escala de metas que correspondam ao número de avanços diários, foi uma tendência ao longo do tempo. Se a pessoa é um relator, é bom incentivá-lo a participar de uma equipe de voluntários para comunidade como um grupo de trabalho mensal. Conheça os pontos fortes de cada um e, em seguida, construa estratégias para melhorar o bem-estar deles com base no que eles fazem a cada dia. E, como um benefício adicional, os funcionários cujo o gestor se concentra em seus pontos fortes são muito mais propensos a serem engajados do que aqueles cujo gestor se concentra em suas fraquezas.

4) Millenials são muito influenciados pelo alto uso da internet.

A pesquisa mostrou que aplicativos móveis (de smartphones e tablets) desempenham um papel real e significativo na melhoria do bem-estar físico e social. Ambientes de trabalho podem e devem cultivar estes comportamentos, incentivando os funcionários a compartilhar e valorizar o uso frequente de aplicativos de bem-estar uns com os outros.

5) Certifique-se que os Millenials estão tendo conversas contínuas com os seus gestores – e nem sempre sobre trabalho.

É importante a abertura para discutir aposentadoria e opções de poupança; parceria na definição e busca de objetivos de fitness; colaboração em ideias e esforços para melhorar a comunidade; todas são maneiras para que gestores possam ter conversas contínuas com a geração Millenials que se estendam para além do ambiente de trabalho e acolhem princípios de bem-estar.

6) Dê a geração Millenials o desenvolvimento que eles desejam.

Mas isso deve estar relacionado à pessoa como um todo, não apenas a sua carreira. O bem-estar deve ser algo que envolve aprendizado e crescimento. Millennials gostam de ser responsabilizados, e os gestores que lidam com atividades de bem-estar como jogos de desenvolvimento pessoal dos funcionários, estarão melhores posicionados para solicitar esses comportamentos e incorporá-los culturalmente dentro da organização.

Há provavelmente uma série de fatores que, em última análise, levaram ao aperfeiçoamento de estatísticas de saúde entre a geração Millenials desde 2008. “Uma possibilidade é a crescente ênfase no bem-estar que abrange os empregadores, que cada vez mais reconhecem o retorno significativo do investimento no bem-estar. Os empregadores têm uma possibilidade real para aproveitar e alavancar uma nova geração de trabalhadores que estão mostrando melhores hábitos de saúde do que seus antepassados”, conclui o artigo.

 

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