Tecnologia e Inovação | 15 de janeiro de 2014

Genomas humanos sequenciados em escala industrial

Leitura completa do DNA em três dias ao custo de US$ 1 mil
Genomas humanos sequenciados em escala industrial

A maior fabricante de sequenciadores de DNA, está muito próxima de consolidar antiga meta: uma máquina de alta tecnologia que faz o sequenciamento de genomas humanos, em escala industrial, por cerca de mil dólares (cerca de 2,35 mil reais em cotação atual).

Na Healthcare Conference, evento promovido na última terça-feira, 14, pela JP Morgan, o CEO da Illumina, Jay Flatley, anunciou um novo aparelho que pode sequenciar genomas humanos completos, com precisão, a um custo baixo. A busca por uma máquina com essa função é uma ambição de diversas empresas e pesquisadores do setor.

Os primeiros sequenciadores da empresa devem chegar ao mercado em março. Através de reações químicas rápidas e tecnologia ótica melhorada, o equipamento lê sequências de DNA analisando padrões de nucleotídeos fluorescentes. O custo é vital para que o sequenciamento do genoma – utilizado em exames médicos e medicina personalizada – seja economicamente viável. Um sequenciamento completo leva três dias para ser concluído.

A disseminação do aparelho não deve chegar, num primeiro momento, à maioria dos laboratórios. Os sequenciadores devem ser vendidos em sistemas de pelo menos 10 máquinas, a um preço inicial de US$ 10 milhões.

A aceleração do sequenciamento do genoma em coletivos populacionais mais abrangentes será importante para projetos científicos voltados à compreensão de doenças e variação genética natural.

Pesquisadores estão trabalhando para entender como mudanças na sequencia do DNA causam doenças e influenciam a saúde. Projetos de sequenciamento em larga escala podem ajudar a esclarecer a relação entre uma variante de DNA específica e uma doença (ou um estado de boa saúde).

Os três primeiros clientes do novo equipamento da Illumina já estão definidos: a Macrogen, empresa de serviços genômicos de Seul (Coreia do Sul); o Broad Institute, de Boston (EUA); e o Instituto Garvan de Pesquisa Médica, de Sydney (Austrália).

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