Gestão e Qualidade | 9 de maio de 2016

Fehosul realiza série de atividades na primeira semana de maio

Reuniões com lideranças trataram questões envolvendo o SUS e o Ipe-Saúde
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O Sistema Fehosul (Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul) promoveu na primeira semana de maio (do dia 2 ao 6 ) uma série de encontros com diferentes lideranças para tratar de assuntos urgentes e prioritários para os prestadores de serviços de saúde do Rio Grande do Sul. “A situação é séria. Somente teremos avanços neste momento extremamente grave para a saúde se mantivermos um forte engajamento na discussão das pautas que impactam o dia a dia das instituições, principalmente em relação à baixa remuneração por parte do SUS”, disse o presidente da Fehosul, médico Cláudio Allgayer.

As atividades realizadas neste início de maio contaram com a participação de dirigentes das áreas de nefrologia, hemoterapia, análises clínicas e fisioterapia, além de lideranças da área hospitalar.

Nefrologia

O Grupo de nefrologia da Fehosul realizou reunião-almoço na terça-feira, dia 3 de maio, na sede da entidade. Os presentes apreciaram a resposta da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre do dia 25 de abril, em relação a reunião anterior na qual o grupo apresentou questões relativas a corte nos repasses e o novo teto para atendimento de doentes renais crônicos estabelecido pelo Ministério da Saúde em 8 de setembro de 2015.

A SMS considerou os argumentos apresentados pela Fehosul e prestou esclarecimentos através do Ofício 539/2016. O grupo de nefrologia, a pedido da SMS, vai analisar o documento e tabelas enviadas para verificar se permanece alguma dúvida. A Fehosul destaca que o Secretário Fernando Ritter, da saúde da capital, colocou-se inteiramente à disposição para resoluções de questões eventualmente ainda persistentes.

No mesmo Ofício, a SMS dá conhecimento da solicitação de aumento do Teto Físico Orçamentário da Nefrologia na cidade de Porto Alegre. Este pedido, inteiramente apoiado pela Fehosul, já foi encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde, que por sua vez está realizando estudos relativos aos tetos de Terapia Renal Substitutiva em todo o Rio Grande do Sul.

Cofinanciamento SUS

A Fehosul também  participou de reunião da Comissão Técnica dos Incentivos Financeiros e Estaduais aos Prestadores de Serviços ao SUS na parte da manhã dia 4, na Secretaria Estadual da Saúde. O diretor-executivo, médico Flávio Borges, representando a entidade, participou do encontro que teve coordenação do médico Francisco Zancan Paz, que é diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial (DAHA) e secretário adjunto da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

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Flávio Borges (à esquerda) e Francisco Paz (à direita na foto)

 

Dr. Francisco Paz anunciou que a proposta da Fehosul de estender o cofinanciamento a todos os hospitais, clínicas e laboratórios que prestam serviços ao SUS está sendo considerada. A SES está terminando uma análise sobre o item “orçamentação de hospitais”, ao qual se destina, atualmente, 50% do valor total do cofinanciamento.

Em uma apreciação geral, o coordenador da Comissão considerou que os recursos existentes são insuficientes para a manutenção dos atuais R$ 80 milhões mensais destinados ao cofinanciamento e que estão ao encargo do Estado.

O grupo se reúne semanalmente para analisar todas as linhas de incentivo, constituídas conforme a Portaria nº 81/2016.

Está programada para a próxima reunião (dia 11 de maio), a apresentação de um relatório, preparado pela SES, baseado nas análises da comissão técnica até o presente momento. O documento fundamentará uma futura proposta de cofinanciamento, que deverá contemplar os recursos disponíveis, estabelecer indicadores e ter como base o cumprimento de parâmetros estabelecidos dentro da realidade financeira do Rio Grande do Sul.

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Glosas (Ipe-Saúde)

Igualmente, na quarta-feira, dia 4, a Fehosul sugeriu a criação de um manual operacional sobre glosas do IPE-Saúde em reunião-almoço em sua sede e que contou com a presença de técnicos da área. O objetivo do encontro foi organizar um manual operacional que estabeleça regras entre as instituições hospitalares e o IPE-Saúde no sentido de minimizar as glosas atualmente existentes e, na maioria, decorrentes de “parametrização de quantidades” no sistema eletrônico de conferência de faturas da autarquia estadual.

O assunto está na pauta do Grupo Paritário, ao qual a Fehosul apresentará o trabalho realizado. Este está fundamentado em pareceres de equipe multiprofissional especializada no tema e abrange questões operacionais e assistenciais. Tal metodologia já foi usada com sucesso em relação a outras operadoras de planos de saúde.

O grupo presente à reunião constatou que é possível desenvolver um manual único, pois as questões de glosas são comuns a todos os prestadores de serviços médico-hospitalares.

Glosas em discussão na Fehosul, em Porto Alegre, no dia 4

 

Uma nova reunião está marcada para ser realizada na Fehosul, no próximo dia 12 de maio, para dar prosseguimento às tratativas. Pela Fehosul, participaram do encontro o diretor-executivo, médico Flávio Borges, que coordenou a atividade, e a gerente de relacionamento com o mercado, administradora hospitalar Shirlei Gazave. Também estiveram presentes Cristiane Manfron e Fábio Etges (Hospital São Lucas da PUCRS), Luciano Mendonça (Hospital Divina Providência), Maria Cristina Brasil (Hospital Ernesto Dornelles), Vera Lúcia Michelin (Hospital de Caridade de Erechim), Amanda Lopes (Hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul), Grazielle Herrera (Hospital Mãe de Deus), Maria Rigon e Gisele Baggio (Hospital Pompeia, Caxias do Sul), Cassiano Macedo, Patrícia Galei e André Rodrigues Castilhos (da Federação das Santas Casas).

Hemoterapia

O grupo de hemoterapia, coordenado pelo Sistema Fehosul (Federação dos Hospitais e Estabelecimentos do Rio Grande do Sul), se reuniu no dia 5 de maio para analisar a realidade do setor na prestação de serviços ao SUS e ao IPE-Saúde.

No que se refere ao SUS, é evidente o subfinanciamento existente. Os especialistas afirmam que o SUS remunera, atualmente, em torno de 50% dos custos. A área apoia a iniciativa da Fehosul em obter, junto às autoridades de saúde do Estado, um cofinanciamento estadual à remuneração, pois não há sustentabilidade dos serviços com a remuneração oriunda da tabela SUS, que não sofre reajustes há 20 anos.

A situação relativa ao IPE-Saúde também gerará um estudo específico e estas demandas deverão ser encaminhadas à direção médica do Ipergs, por meio da Fehosul.

Segundo Antônio Alexandre Araújo, do Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, “a situação geral da área da hemoterapia é insustentável e ameaçadora à subsistência dos serviços. Soluções emergenciais são necessárias”, considerou.

O encontro contou com a presença da médica Ana Zimmermann (Serviço de Hemoterapia de Santa Maria e presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde da Região Centro), Antônio Alexandre Araújo (Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo) e Dário de Lima Brum (Banco de Sangue da Santa Casa de Misericórdia), que coordenam o Departamento de Hemoterapia da entidade.

Análises clínicas 

Na manhã do dia 5, quinta-feira, ocorreu a segunda reunião da Comissão dos laboratórios de Análises Clínicas, originada da Assembleia Geral Extraordinária de abril. Os presentes elaboraram um documento que será apresentado ao secretário estadual da saúde, médico João Gabbardo dos Reis, esmiuçando a situação crítica e de inviabilidade em que se encontra o setor de análises clínicas, além do importante impacto que o fechamento dos laboratórios geraria para a saúde da população que necessita dos serviços do SUS.

reuniao da comissao

Em abril ocorreu a Assembleia Geral Extraordinária com massiva participação dos laboratórios

 

Após todas as justificativas e fundamentações, se estabeleceu, a exemplo dos demais segmentos que, um pleito de cofinanciamento estadual como forma de amenizar o desequilíbrio econômico-financeiro existente na prestação de serviços específica das análises clínicas. Ao mesmo tempo, os laboratórios solicitaram a instituição de uma taxa de coleta por paciente atendido (hoje os custos de procedimento da coleta de sangue para a realização dos exames laboratoriais não são remunerados), prevista na tabela SUS nacional, mas nunca implantada.

Na reunião, também foi apreciada a minuta de um ofício a ser encaminhado ao Ipergs abordando as mesmas dificuldades citadas e propondo soluções viáveis a serem adotadas pela autarquia estadual.

O diretor-executivo da Fehosul, médico Flávio Borges, salientou que “o trabalho integrado das instituições que representam o setor pode, realmente, gerar soluções que viabilizem a área das análises clínicas e mantenham os serviços qualificados que são prestados à saúde da sociedade gaúcha”.

Reunião com os laboratórios

 

Pela Fehosul, participaram o diretor-executivo, médico Flávio Borges, e a gerente de relacionamento com o mercado, administradora hospitalar Shirlei Gazave. Estiveram presentes, ainda, a conselheira da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), Alzira Aquino; a presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde da Região Centro (sede em Santa Maria), médica Ana Maria Zimmerman; o presidente do Sindilac, farmacêutico-bioquímico Luiz César Leal Neto; o diretor administrativo da Clínica Endocrimeta, administrador Carlos Alberto Lazzari; e o médico Maurício de Abreu e Lima Guimarães, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde de Pelotas.

Fisioterapia

E na sexta-feira, dia 6, a Fehosul realizou o seminário Perspectivas e Desafios para as Clínicas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, em parceria com a Assofisio/RS, FenaFisio, EKO Grupo e Crefito5. Lideranças, dirigentes e gestores de clínicas assistiram palestras e participaram de uma mesa redonda, ao final da atividade. O evento marcou o início de um novo paradigma colaborativo entre as entidades do setor, proposto pela Direção da Fehosul a partir da recente criação do novel Departamento de Fisioterapia. Leia matéria completa aqui.

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