Gestão e Qualidade | 26 de novembro de 2013

Evento abordou fontes de financiamento para hospitais integrados ao SUS

FEHOSUL recebeu representantes da Proinvest e BNDES
Evento abordou fontes de financiamento para hospitais integrados ao SUS

A FEHOSUL realizou nesta sexta-feira, 22, o Almoço Saúde & Finanças, em um importante encontro voltado para dirigentes e gestores da área financeira. O tema integra o Programa BNDES Saúde para Instituições Filantrópicas e Integradas ao SUS, e serviu para esclarecer dúvidas e mostrar os caminhos mais corretos e práticos para aqueles que têm interesse em buscar esse aporte de recursos.

O evento teve como palestrantes os representantes da Proinvest Finanças Corporativas, André Burger e Lilian Machado, além de Jorge Dexheimer, analista de projetos do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul). Foram tratados tópicos como linhas de financiamento para investimentos, capital de giro, reestruturação de dívidas, condições de ingresso, custos e vantagens.

Vindo de São Paulo, onde a Proinvest trabalha atualmente com 26 projetos, sendo seis já aprovados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), André Burger acredita que o cenário pode ser mais positivo no Rio Grande do Sul. “Nos sentimos à vontade para vir a Porto Alegre depois de nossas ações darem certo em São Paulo. Em resumo, o que fazemos é buscar recursos de longo prazo, seja em investimento ou financiamento”, resumiu.

Um projeto consistente e encaminhado nos moldes exigidos, leva em torno de dois a três meses para ser liberado, após ser entregue ao BNDES. Burger salienta que o Programa BNDES Saúde para Instituições Filantrópicas e Integradas ao SUS “já existe há dois anos e, ao menos em São Paulo, nenhuma instituição o buscava. Havia muita falta de comunicação”.

Também da Proinvest, Lilian Machado frisou que “A linha de atendimento ao SUS é para hospitais com problemas financeiros e de modernização, e nosso papel é tornar ele acessível para aumentar a capacidade do estabelecimento. Quem estiver conveniado com o BNDES pode fazer o pedido, mas é importante ter um projeto no modelo correto, que passa pela tríade ‘cliente-agente financeiro-consultoria’”.

Segundo a especialista, muitos estabelecimentos não conseguem o financiamento por dificuldades em elaborar projetos corretamente. “Nossa consultoria tem a expertise para ajudar a captar as informações necessárias, como a estrutura do hospital, e não apenas indicadores”, acrescentou.

A última etapa do encontro ficou a cargo de Jorge Dexheimer. Em atuação no Sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) desde 1961, o BRDE já aplicou mais de R$ 89,2 bilhões em empresas da região. No entanto, a saúde é um setor que ainda não adotou essa forma de financiamento. “A Santa Casa de Misericórdia é a única instituição de Porto Alegre que trabalha com recurso do BRDE”, revelou o analista.

“Os hospitais podem estar, ou não, no programa do SUS. Outra vantagem nossa é que o próprio BRDE avalia se a garantia oferecida pela instituição (como a hipoteca de imóvel ou alienação fiducária de equipamentos, entre outras) é válida. Isso é um problema para o banco que vai financiar”, salientou Dexheimer. Entre as vantagens de buscar a parceria com o BRDE estão os fatos de que a decisão do aval de um projeto (até R$ 20 milhões em Porto Alegre) é do próprio banco. Já os planejamentos com valores acima de R$ 20 milhões são primeiramente aprovados pelo BRDE e, em seguida, submetidos ao BNDES.

Ao final das explanações, os presentes no evento participaram de um almoço de confraternização. Além dos palestrantes e membros da FEHOSUL, o encontro contou com representantes do Hospital Mãe de Deus, Santa Casa de Misericórdia de Santana do Livramento, Hospital Independência (Rede Divina Providência), Hospital de Caridade de Carazinho, Hospital Virvi Ramos de Caxias do Sul, Lobo Consult RS, Laboratório SIDI, Sautech e IOHB.

Veja as entrevistas em nosso canal do youtube.

 

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