Empregabilidade e Aperfeiçoamento, Gestão e Qualidade | 10 de maio de 2022

Elsevier apresenta o relatório global “O Clínico do Futuro” na Hospitalar 2022

Dados serão divulgados no painel “O Presente e o Futuro da Tecnologia da Informação” a ser realizado no 18 de maio durante a Hospitalar 2022, numa parceria da Elsevier com a ABCIS 
Elsevier apresenta o relatório global “O Clínico do Futuro” na Hospitalar 2022

Médicos e enfermeiros se sentem desvalorizados e demandam mais treinamentos, especialmente no uso efetivo de dados e tecnologias em saúde.


Profissionais de saúde muitas vezes se sentem “perdidos” no desafio de preservar a relação com o paciente, num mundo com acelerada mudança digital.


Há urgência em disponibilizar um maior número de profissionais para atender em zonas afastadas dos grandes centros, como aquelas próximas às áreas rurais.


Os médicos estão preocupados com a escassez global da força de trabalho em saúde, com 74% prevendo falta de enfermeiros e, 68%, escassez de médicos em 10 anos.


Telessaúde: como transferir soft skills, como a empatia, para a tela do computador?


Estes são alguns dos temas que surgiram em uma pesquisa quantitativa realizada pela Elsevier Health, em parceria com a Ipsos, que contou com a participação de cerca de 3 mil médicos e enfermeiros de mais de 100 países, incluindo o Brasil. O estudo evidencia que as áreas da saúde que precisam de investimento, agora e na próxima década. O recém-publicado “Clínico do Futuro: um relatório de 2022” (Clinician of the future: a 2022 report) tem como objetivo contribuir com insights e soluções estratégicas para médicos, enfermeiros, educadores, administradores de saúde e formuladores de políticas de saúde.

Os resultados serão apresentados na próxima quarta-feira, dia 18, às 15h05 durante a Feira Hospitalar 2022, na São Paulo Expo, pelo gerente sênior de produtos da Elsevier Brasil, Vitor Liberatori. A palestra faz parte da programação da ABCIS (Associação Brasileira CIO Saúde) na Arena TI do evento, e é uma das ações realizadas pela entidade em parceria com a Elsevier para promover a difusão do conhecimento em tecnologia de informação em saúde.

O estudo global descobriu, por exemplo, que 71% dos médicos e 68% dos enfermeiros acreditam que seus empregos mudaram consideravelmente nos últimos 10 anos, com muitos dizendo que o dia a dia no trabalho piorou. Um em cada três médicos considera deixar seu cargo atual até 2024, sendo que metade desse grupo em alguns países planeja sair da área da saúde – consequência atribuída à escassez global de mão-de-obra na saúde, com profissionais enfrentando níveis severos de fadiga e burnout desde que a pandemia de Covid-19 começou.

Desafios de hoje e tendências sobre como será a saúde na próxima década

Os dados do relatório Clínico do Futuro ajudam a esclarecer os desafios que afetam a profissão hoje e indicam tendências sobre como será a saúde na próxima década, de acordo com aqueles que prestam atendimento crítico ao paciente. Para garantir uma mudança positiva no futuro – e preencher lacunas atuais – os profissionais de saúde destacam as seguintes áreas prioritárias:

1 – Aprimoramento das habilidades tecnológicas em saúde e sobrecarga: os médicos preveem que nos próximos 10 anos a “alfabetização tecnológica” se tornará sua capacidade mais valiosa, acima do conhecimento clínico:

. Para 56% dos médicos, a maioria das decisões clínicas será baseada em ferramentas de inteligência artificial;


. Por isso, habilidades digitais serão fundamentais para 67%, que concordam que os médicos serão especialistas no uso de tecnologias digitais de saúde até 2031; 70% acreditam que o uso de tecnologias digitais em saúde permitirá uma transformação positiva da saúde;


. No entanto, 69% relatam estar sobrecarregados com o volume atual de dados e preveem que o uso generalizado de tecnologias digitais em saúde se torne um fardo ainda mais desafiador no futuro;


. Como resultado, 83% acreditam que o treinamento precisa ser revisto para que possam acompanhar os avanços tecnológicos.

2 – Ascensão de big data e tecnologias digitais em saúde vai ajudar fortemente as decisões de tratamento do médico no futuro:

. Para 79%, prontuários médicos eletrônicos integrarão múltiplas fontes de dados;


. 77% acreditam que abordagens de tratamento personalizadas serão mais amplamente utilizadas;


. 66% afirmam que pacientes vão gerenciar suas condições gerais e bem-estar se envolvendo mais com tecnologias digitais de saúde;


. Para 50% dos entrevistados, um número muito maior de pacientes usará chatbots para gerenciar seus tratamentos;


. 63% dos profissionais dizem que a maioria das consultas entre médicos e pacientes será remota;


. Para 49%, a maioria dos cuidados será fornecida na casa de um paciente em vez de um ambiente de saúde;


. No entanto, para 64%, o impacto das desigualdades em saúde será exacerbado pelo maior uso da saúde digital.

Telessaúde: como transferir soft skills, como a empatia, para a tela do computador?

Embora os médicos possam economizar tempo e ver mais pacientes graças à telessaúde, mais da metade dos participantes da pesquisa acreditam que a telessaúde afetará negativamente sua capacidade de demonstrar empatia com pacientes que não veem mais pessoalmente. Como resultado, os médicos pedem orientação sobre quando usar telessaúde e como transferir soft skills, como a empatia, para a tela do computador.

Muitos se sentem desamparados no processo de mudanças da forma tradicional de trabalho para a digital e afirmam que o trabalho diário está mais difícil de gerenciar:  88% afirmam que ser tecnologicamente experiente é mais importante no cotidiano de um médico; para 83%, o treinamento dos médicos precisa ser revisto para acompanhar a introdução de novas tecnologias e há, agora, a necessidade de os médicos entenderem muito mais sobre a economia da saúde.

Preocupação com a escassez da força de trabalho

Os médicos estão preocupados com a escassez global da força de trabalho em saúde, com 74% prevendo falta de enfermeiros e, 68%, escassez de médicos em 10 anos. A maioria dos entrevistados concorda que uma prioridade máxima é aumentar o número de profissionais de saúde na próxima década e demandam equipes assistenciais maiores e mais bem equipadas, além de mais profissionais multidisciplinares, entre eles analistas de dados e especialistas em segurança de dados. A maioria também discorda das prioridades em saúde eleitas pelos seus governos, mas concorda que políticas governamentais são um dos principais impulsionadores de mudanças na saúde.

Para Vitor Liberatori, gerente sênior de produtos da Elsevier Brasil, ouvir os profissionais de saúde é o primeiro passo para fornecer soluções que ajudem a melhorar os resultados em saúde. “Em nossa pesquisa, eles foram claros sobre as áreas que mais precisam de apoio. Devemos agir agora para proteger, equipar e inspirar o médico do futuro”, destaca.

Serviço

Apresentação do relatório “Clínico do Futuro” da Elsevier na Hospitalar 2022


Dia 18 de maio, às 15h05


São Paulo Expo – Arena TI (Programação ABCIS)

Parceria entre Elsevier e ABCIS

A parceria entre Elsevier e ABCIS visa promover a difusão do conhecimento de TI em saúde, que ganhou especial destaque e avanços com a pandemia de coronavírus.

“Nossas soluções e serviços oferecem os mais completos recursos de suporte à decisão clínica para médicos e profissionais de saúde e engajamento do paciente, ao mesmo tempo em que apoiam os CIOs e instituições com soluções integradas ao prontuário eletrônico; elas otimizam o fluxo de trabalho das equipes, geram melhores análises a partir de dados estruturados e educam para a adoção das melhores e mais atuais práticas profissionais através do conhecimento acionável”, afirma Cláudia Toledo – Gerente Geral e Diretora de Soluções Clínicas da Elsevier Brasil,

Para a especialista em administração hospitalar e executiva de Operações da ABCIS, Andréa Drummond, a ideia da parceria é gerar valor para o mercado levando conteúdo e conhecimento sobre o uso eficaz e adequado da tecnologia. “Uma de nossas prioridades é contribuir para que os serviços de saúde possam ocupar um patamar mais homogêneo em relação à tecnologia, equalizando as muitas desigualdades atuais. Temos uma grande janela de oportunidades para trabalhar e a estratégia da ABCIS com a Elsevier é apoiar essa transformação”.



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