Estatísticas e Análises | 8 de maio de 2018

Dia D da campanha de vacinação contra a gripe é neste sábado, dia 12

Em hospitais e clínicas particulares do RS, dose disponível custa entre 40 a 150 reais
Dia D da campanha de vacinação contra a gripe é neste sábado, dia 12

A Campanha Nacional de Vacinação de 2018 contra o vírus influenza (popularmente conhecido como vírus da gripe) iniciou no dia 23 de abril, e encerra no dia 1º de junho na rede pública de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), são esperados 54,4 milhões de vacinados que compõem o grupo prioritário. Este ano, o Dia D (considerado o dia de maior mobilização no país), será em 12 de maio, próximo sábado.

O Ministério da Saúde informa que, em 2018, serão distribuídos 60 milhões de doses da vacina no Brasil (26 milhões no Sudeste, 15,48 milhões no Nordeste; 9,54 milhões no Sul; 4,66 milhões no Norte; e 4,19 milhões no Centro-Oeste). Na rede pública, serão oferecidas doses trivalentes, que protegem contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B Yamagata. Em clínicas particulares, também são oferecidas doses tetravalentes da vacina, que protege também, além das três cepas presentes na vacina trivalente, contra o tipo B Victoria.

A influenza ou gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, ocasionada pelo vírus influenza, com elevado potencial de transmissão. Inicia-se com febre, dor muscular, e tosse seca. Em geral, tem evolução por período limitado, em geral de um a quatro dias, mas pode se apresentar forma grave. Idosos, crianças menores e pessoas com determinadas condições clínicas correm alto risco de complicações graves da gripe.

A gripe propaga-se facilmente e é responsável por elevadas taxas de hospitalização. Atualmente, causa a morte de 650 mil pessoas por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Existem três tipos de vírus da gripe: A, B e C. O tipo C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública, não estando relacionada com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Um boato falso, de que o vírus H2N3, que é altamente letal, estaria circulando no Brasil foi veementemente desmentido pelo Ministério da Saúde, que fez questão de ressaltar que não há circulação deste vírus no país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também tratou de desmentir as fake news divulgadas, informando que o vírus atualmente não circula em nenhum lugar do mundo.

Público-Alvo: quem deve ser vacinado

 Idosos com 60 anos ou mais

Crianças de 6 meses 5 anos

Gestantes

Mães até 45 dias após o parto

Trabalhadores da área da Saúde

Povos indígenas

Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais

Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que estejam cumprindo medidas socioeducativas

População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional

Professores das escolas públicas e privadas

Em clínicas particulares, vacina custa de 90 a 150 reais

Quem não faz parte do grupo prioritário ou deseja tomar a dose tetravalente deve procurar hospitais e clínicas particulares. O portal de notícias Setor Saúde entrou em contato com estabelecimentos de saúde do Rio Grande do Sul. As doses trivalentes oferecidas custam de R$40 a R$90, e as tetravalentes custam de R$100 a R$150.

Foram consultadas as seguintes clínicas: Protege Clínica de Vacinação (Pelotas), Vaccinare (Erechim), Race Bettin Vacinas (Canguçu), Salus Vacinas (Lajeado), Vivacin (Santa Maria) e São Pietro Saúde Day Hospital (Porto Alegre). Também foram consultados o Hospital Mãe de Deus (Porto Alegre), Hospital Moinhos de Vento (Porto Alegre) e Hospital Tacchini (Bento Gonçalves).

Home care vacina pacientes

A empresa de saúde Hospitalar ATS, de Porto Alegre está vacinando de forma gratuita os seus pacientes. A ATS atua nos cuidados de alta complexidade para adultos e crianças que precisam de assistência domiciliar após a alta hospitalar. Em 2018, serão oferecidas doses da vacina trivalente inclusive aos seus funcionários. Este é o terceiro ano que a empresa realiza a ação. “A aceitação por parte dos pacientes e seus familiares tem sido sempre positiva pelo benefício que esta proporciona e pela comodidade da aplicação no ambiente domiciliar: para muitos destes pacientes receber a vacina no domicílio trata-se da única alternativa para a imunização”, explica Ana Carolina Campos, coordenadora de enfermagem da ATS.

RS estima que 3,6 milhões de pessoas sejam vacinadas

O Rio Grande do Sul receberá ao todo 4 milhões de doses da vacina, e são esperadas que 3,6 milhões de pessoas sejam imunizadas no estado em 2018, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande DO Sul (SES/RS).

Até o dia 4 de maio, sexta-feira, foram vacinados um total de 846 mil pessoas dos chamados grupos prioritários, o que significa 32% da meta estipulada. Ao todo, foram vacinadas 93 mil crianças (16%), 106 mil trabalhadores de saúde (34%), 25 mil gestantes (24%), 7,5 mil puérperas (43%), 5,9 mil indígenas (26%), 576 mil idosos (39%) e 32,6 mil professores (27,5%).

Já foram vacinados 1,5 mil funcionários do sistema prisional, 4,3 mil da população privada de liberdade, 172 mil portadores de comorbidades e 9,4 mil inseridos na categoria “outros”. Isto significa a aplicação de 1.033.078 doses. A campanha vai até 1º de junho.

De acordo com a SES/RS, em 2016 o Rio Grande do Sul registrou 1.380 casos e 215 mortes. Em 2017, foram 439 casos registrados e 48 mortes. Em 2018, até o início de abril, houve sete casos registrados e nenhuma morte.

Em Porto Alegre, 588 mil pessoas devem ser vacinadas.  Devem ser destinadas para Porto Alegre até o final da campanha cerca de 595 mil doses da vacina contra o Influenza.

Prevenção

Além da vacinação, é recomendado que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, tais como:

Frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento

Utilizar lenço descartável para higiene nasal

Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir

Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca

Higienizar as mãos após tossir ou espirrar

Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.

Manter os ambientes bem ventilados

Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza.

Evitar sair de casa em período de transmissão da doença

Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados)

Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos

Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre

 

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