Gestão e Qualidade | 4 de dezembro de 2013

Departamento de Laboratórios da CNS projeta ações para 2014

Reunião em Porto Alegre debateu o cenário das análises clínicas e as formas para aumentar a representatividade do setor
Departamento de Laboratórios da CNS projeta ações para 2014

Durante o evento da FEHOSUL promovido na última sexta-feira, 29, em que lideranças nacionais estiveram no hotel Sheraton Porto Alegre debatendo o cenário brasileiro, autoridades das Análises Clínicas (AC) de todo o país se encontraram para a 9ª Reunião do Departamento de Laboratórios da CNS. A necessidade de união do setor foi o principal ponto de consenso entre os participantes.

Estiveram presentes à reunião representantes de sindicatos de todo o Brasil, além de membros da CNS: Antônio Magno de Sousa Borba (Sindesem-MA), Carlos Roberto Audi Ayres (Sindlab-PR), Humberto Marques Tibúrcio (Sindlab-MG), Jairo Epaminondas Breder Rocha (Sindlapac-RJ), José Carlos Barbério (CNS), Luiz Fernando Ferrari (Fehoesp-SP), Marineusa Gimenes Hidalgo (Sindlab-SC), Marco Hagemann (Sindilac-RS), Olympio Távora (CNS), Radif Domingos (Sindlabs-GO).

Foram tratados diversos temas durante as quase duas horas de reunião, como assuntos sindicais (padronização das Convenções Coletivas de Trabalho, acordos coletivos, processos trabalhistas). Durante o debate, foi comentado que a criação de um sindicato profissional específico das AC pode ser uma solução para evitar questões judiciais. Um exemplo é o Rio de Janeiro, onde há êxito nessa relação graças aos Sindicatos dos Empregados de Laboratórios, criado com apoio dos empregadores.

Desde 1994 não há remuneração no setor, o que força as instituições a diminuir custos, a níveis críticos. Em alguns estados, uma alternativa para reduzir custos são as cláusulas sociais, como ajuda no pagamento de plano de saúde, de forma a não pesar para a instituição e não haja mais tanta rotatividade dos profissionais em laboratórios.

Com a estagnação de preços, outro fator de subsistência é redução de salário, como comentou Humberto Tibúrcio. “Em Minas Gerais, há uma diferença de 38% entre o menor salário que conseguimos definir na negociação, em comparação ao valor que era pago”, frisou.

Para evitar demandas trabalhistas (e o consequente aumento nos custos laboratoriais), foram sugeridas convenções, com acordos individuais com todo empregado, feitos em assembleias, de modo que todos os contratos são assinados e não há o que ser requerido judicialmente em caso de desligamento.

Por fim, os especialistas lembraram que, em 2014, há Copa do Mundo e eleições, o que faz os quatro primeiros meses do ano serem fundamentais para que projetos sejam iniciados e encaminhados para que, no segundo semestre, resultados possam ser colhidos. Para ganhar força representativa, a reunião considerou que as entidades parceiras mais capacitadas para tratar com a ANS, além da CNS, são a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC). O projeto é criar trabalhos em conjunto com essas idéias a partir de janeiro.

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