Gestão e Qualidade | 30 de setembro de 2021

BNDES apoia construção da nova sede de hospital referência em saúde da mulher de SP

Integrante de PPP com o Estado de São Paulo, projeto também contribuirá para revitalização de área no centro da capital
BNDES apoia construção da nova sede de hospital referência em saúde da mulher de SP

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará a construção da sede própria do Centro de Referência em Saúde da Mulher (CRSM), atual Hospital Pérola Byington, na cidade de São Paulo. Com isso, a instituição, que hoje funciona em prédio alugado, passará a contar com estrutura mais ampla e moderna, além de recursos tecnológicos avançados.

A nova sede permitirá ao CRSM ampliar em 20% o número de prontos atendimentos e em 30% as cirurgias e internações realizadas na unidade. O Centro tem como objetivo manter-se como referência no tratamento do câncer ginecológico e mamário, e em especialidades como reprodução humana assistida, assistência à mulher vítima de agressão, planejamento familiar, esterilidade, sexualidade e uroginecologia.

“O apoio do BNDES irá viabilizar um projeto de alto impacto social, com a implantação de um hospital dedicado integralmente ao SUS e à saúde da mulher, além de fazer parte do projeto de revitalização de uma área degradada da cidade de São Paulo” explica o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do Banco, Bruno Aranha. “A ampliação do acesso e a melhoria da saúde pública são temas prioritários para o Banco”, conclui.

O projeto é executado pela SPE (Sociedade de Propósito Específico) Inova Saúde São Paulo S.A., no âmbito de uma Parceria Público-Privada (PPP) com o Estado de São Paulo. “A Inova Saúde trouxe uma gestão para o ambiente hospitalar que tem quebrado paradigmas na saúde do país, como é possível ver nos hospitais regionais de Sorocaba e São José dos Campos sob nossa administração. Vamos levar a mesma excelência para o Centro de Referência em Saúde da Mulher, com soluções que permitem a gestão eficiente dos recursos hospitalares, contribuindo para a redução dos custos operacionais e garantindo a segurança dos pacientes ao dispor dos equipamentos de última geração aliados à inovação tecnológica”, afirma Susana Pawletta, diretora-presidente da Inova Saúde.

Valor do investimento

O financiamento do BNDES será de R$ 120 milhões, o que corresponde a 23% do investimento total previsto no projeto. Além da construção do prédio, os recursos serão empregados também na aquisição dos equipamentos e mobiliário necessários à operação dos serviços assistenciais de saúde e administrativos da unidade. A conclusão das obras está prevista para junho de 2022.

Com a entrada em operação da nova estrutura, o número de leitos de internação oferecidos pelo CRSM passará de 126 para 152; o de leitos de UTI para adultos aumentará de sete para dez; o de salas cirúrgicas, de nove para 12; e o de consultórios, de 51 para 69. Além disso, o Centro disporá de mais 18 poltronas para quimioterapia e mais três leitos para esse tipo de tratamento, ampliando o total de unidades disponíveis para 44, respectivamente; e passará a oferecer também tratamento por radioterapia e exame de ressonância magnética. Anexa ao pronto-socorro geral, haverá uma estrutura destinada a mulheres vítimas de violência sexual.

Importância para o projeto de desenvolvimento da região

A nova sede do CRSM está sendo construída em uma área degradada do centro da cidade conhecida como “Cracolândia”, marcada no Plano Diretor Municipal como Zeis (Zona Especial de Interesse Social) e inserida, portanto, em projetos de revitalização coordenados pelo Município e pelo Estado de São Paulo. A obra será precursora no desenvolvimento da região e proporcionará à população áreas de passagem e convivência. O projeto prevê, no térreo da unidade, praças cobertas sob as torres, unindo o usuário ao contexto urbano. Além disso, a implantação do equipamento disponibilizará iluminação e segurança 24 horas no complexo hospitalar.

O apoio do BNDES é o terceiro concedido pelo Banco para viabilizar essa PPP de saúde do Estado de São Paulo. Em 2015, o BNDES concedeu empréstimo-ponte para a construção do Hospital Estadual de São José dos Campos e do Hospital Estadual de Sorocaba, ambos já em operação desde 2018. O Banco também apoia o aporte público do Estado na PPP, com um financiamento de R$ 476 milhões.

BNDES e PPPs em Saúde

Essa é a quarta PPP em saúde financiada pelo BNDES. O Banco já apoiou a implantação do Hospital Delphina Aziz, em Manaus — objeto da PPP de saúde com o Estado do Amazonas —, e a implantação do Hospital Novo Metropolitano e a construção de 40 unidades básicas de saúde, ambas PPPs com o Município de Belo Horizonte. Além do financiamento, o BNDES também atua na estruturação de projetos de saúde, como é o caso, por exemplo, do Novo Hospital Municipal da Criança e do Adolescente, cujo projeto está sendo estruturado pelo Banco no âmbito de uma PPP com o Município de Guarulhos.

Sobre o BNDES

Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.

Sobre a Inova Saúde São Paulo S.A.

A empresa foi constituída, em 2014, exclusivamente para a execução do contrato da PPP que, além do CRSM, inclui também o Hospital Estadual de São José dos Campos. É controlada integralmente pela Construcap CCPS Engenharia e Comércio S.A., que também controla a Inova Saúde Sorocaba S.A., constituída para execução do contrato do Hospital Estadual de Sorocaba. A Construcap teve sua história iniciada em 1944 e hoje está posicionada entre as maiores construtoras do país, com obras tanto no setor público quanto no privado, além de investimentos em concessões e ativos ambientais.

 



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