Aumento de casos do diabetes no Brasil em quase 30% gera preocupação do cuidado com a saúde
Para o Dr. Rogerio Friedman, endocrinologista do Weinmann, marca do Grupo Fleury no Rio Grande do Sul, diversos cenários estão envolvidos nesse resultadoDados divulgados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) no Atlas do Diabetes mostram que, nos últimos dez anos, houve aumento de 26,61% no número de pessoas que vivem com diabetes no Brasil, deixando o País na sexta posição mundial. Nas Américas do Sul e Central, 33 milhões de pessoas, entre os 20 e 79 anos, já vivem com a doença, sendo que a estimativa é que aproximadamente 40 milhões desenvolvam diabetes até 2030, e 49 milhões até 2045.
Para o Dr. Rogerio Friedman, endocrinologista do Weinmann, marca do Grupo Fleury no Rio Grande do Sul, diversos cenários estão envolvidos nesse resultado. “Infelizmente, muitos não sabem que apresentam a doença e, consequentemente, não realizam o acompanhamento adequado. Alguns pacientes têm conhecimento, mas não conseguem assistência médica regular e outros não buscam um especialista. Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 15% das pessoas diabéticas realizam anualmente o exame de hemoglobina glicada, por exemplo. Isso é muito preocupante”, explica ele.
O médico também ressalta que esse resultado está intimamente relacionado com o aumento da obesidade e do sedentarismo e, diante disso, o especialista esclarece dúvidas sobre a doença.
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O que é o diabetes?
Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que se caracteriza pelo aumento de glicose no sangue (hiperglicemia). Ao falar sobre DM, não se pode deixar de abordar a insulina – hormônio produzido pelas células beta-pancreáticas, que têm como função o controle do transporte de glicose do sangue para o interior das células. Assim, se a pessoa não produzir insulina em quantidade apropriada a sua ação é reduzida e há o acúmulo de glicose no sangue e, consequentemente, desenvolve o DM.
Sintomas
O DM tipo 2 normalmente é assintomático e, por isso, muitos pacientes acabam convivendo com a doença por anos antes de serem diagnosticados. Os sintomas ocorrem quando a hiperglicemia atinge níveis muito elevados (usualmente > 250 mg/ dl). Os principais sintomas são o aumento da sede, do volume de urina e da fome, perda de peso e mal-estar.
Prevenção
A melhor forma de prevenção é manter hábitos de vida saudáveis, com uma alimentação balanceada, prática de exercícios físicos regulares e evitar ganho de peso.
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Diagnóstico
O diagnóstico de diabetes pode ser estabelecido por meio de três exames: glicemia de jejum, hemoglobina glicada e curva glicêmica após 75g de glicose anidra.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o diagnóstico é estabelecido quando o paciente apresenta dois dos seguintes exames alterados:
Glicemia de jejum > ou = 126 mg/dl
Hemoglobina glicada (HbA1c) > ou = 6,5 %
Teste de tolerância oral a glicose (75g) com glicemia aos 120 min > ou = 200 mg/dl
Paciente com sintomas de hiperglicemia e glicemia aleatória > ou = 200mg/dl
*Com exceção de pacientes com sintomas de hiperglicemia e com glicemia aleatória > ou = 200mg/dl.
Tratamento
A base do tratamento de DM tipo 2 é a mudança de estilo de vida. O paciente deve ser orientado a ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente e perder peso. Adicionalmente, deve instituir tratamento medicamentoso, com utilização de remédios por via oral ou subcutâneos. “Existem várias possibilidades de medicamentos e a decisão de terapêutica deve ser instituída de maneira individual e sempre consultando o médico especialista”, finaliza Friedman.