Estatísticas e Análises | 7 de abril de 2022

ANS avalia a incorporação de medicamentos para o tratamento do câncer de próstata avançado

Consulta pública avalia nova opção de terapia que mantém a qualidade de vida e reduz em 34% o risco de morte
ANS avalia a incorporação de medicamentos para o tratamento do câncer de próstata avançado

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), reguladora do mercado de planos privados de saúde, anunciou a abertura da consulta pública nº 95, no dia 01 de abril, que avaliará a incorporação de medicamentos no rol da agência para o tratamento do câncer de próstata sensível à castração metastático (CPSCm), entre eles a enzalutamida.

O medicamento em questão aumenta a sobrevida global, reduz em 34% o risco de morte e mantém a qualidade de vida do paciente [1], quando comparada às atuais terapias disponíveis no sistema de saúde suplementar. Esta etapa do processo considera a opinião pública para a avaliação do fornecimento do medicamento pelos planos de saúde, sendo uma grande oportunidade para que sociedades médicas, associações de pacientes e o próprio paciente ou cuidador(a) contribuam para a incorporação de novos tratamentos. A votação ficará disponível até 20 de abril. Para participar basta acessar o link.

O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens [2] e a segunda principal causa de morte por câncer no sexo masculino [3]. No Brasil, é o câncer mais incidente em todas as regiões do país³. Nessa perspectiva, a enzalutamida pode ser uma nova opção segura e eficaz para a jornada de mais de 22 milhões de homens beneficiários da saúde privada [4], caso necessitem tratar o câncer de próstata sensível à castração metastático.

A introdução de novos medicamentos que retardem a progressão da fase sensível à castração (CPSCm) para a fase resistente à castração (estágio fatal da doença) é um objetivo desejável no tratamento do câncer de próstata.

De acordo com o estudo ENZAMET [5], foi comprovado que o medicamento demonstra resultados clínicos significativos, ao prolongar a sobrevida global (assim como a sobrevida livre de progressão clínica ou de PSA), ou seja, mesmo que o tratamento não elimine a doença, o câncer permanece estável e sem progressão. Já o estudo ARCHES [6],  mostrou um aumento de sobrevida global e sobrevida livre de progressão radiográfica com a enzalutamida associada à terapia de privação androgênica, constatando uma redução de 34% no risco de morte para os pacientes com CPSCm. O estudo também evidenciou que enzalutamida aumenta significativamente o tempo até o desenvolvimento de resistência à castração, mantém a qualidade de vida dos pacientes e prolonga o tempo para a piora dos sintomas de dor.

“Nesse sentido, nossa missão como empresa é contribuir para melhoria da saúde das pessoas e, sabemos que um pilar importante nessa jornada é o acesso às novas terapias. A enzalutamida representa uma nova perspectiva para os pacientes com câncer de próstata avançado, e sua incorporação ao rol da ANS é mais um passo para que os pacientes brasileiros tenham acesso a terapias que tragam eficácia, segurança e manutenção ou melhora na qualidade de vida comprovadas”, afirma Dr. Roberto Soler, diretor médico da Astellas Farma Brasil.

Referências

[1] Armstrong AJ, et al. J Clin Oncol. 2019 Nov 10;37(32):2974-2986; Armstrong AJ, et al. ESMO 2021, Abstract LBA25

[2] Instituto Nacional de Câncer (INCA). Câncer de Próstata. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata#:~:text=No%20Brasil%2C%20o%20c%C3%A2ncer%20de,o%20segundo%20tipo%20mais%20comum. Acesso em: 23 de março de 2022.

[3] Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estatísticas de câncer. Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer. Acesso em: 23 de março de 2022.

[4] Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Mulheres são maioria entre beneficiários de planos de saúde. Disponível em: http://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/sobre-a-ans/4356-mulheres-sao-maioria-entre-beneficiarios-de-planos-de-saude. Acesso em: 23 de março de 2022.

[5] Davis ID et al. N Engl J Med 2019; 381(2): 121–31

[6] vide referência 1

 



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