Gestão e Qualidade | 6 de setembro de 2013

Análises Clínicas define estratégias de negociação

Encontro das entidades representativas busca soluções para o setor
Dr. Flávio Borges (em pé) participou da reunião

Em reunião no Conselho Regional de Farmácia (CRF) na última quarta-feira, 4, o Grupo de Trabalho de Análises Clínicas, coordenado pela FEHOSUL através do diretor-executivo, dr. Flávio Borges, apresentou uma analise da situação atual, os riscos e a iminente insolvência do setor, principalmente para os pequenos e médios laboratórios. O encontro reuniu conselhos e sindicatos de todo o Estado.

Para evitar um cenário indesejado para a área, o grupo definiu estratégias nos âmbitos político, de negociação e de comunicação.  O objetivo é buscar uma recomposição dos valores remuneratórios, reajustes periódicos e valorização da atividade perante a sociedade e dirigentes do setor publico e privado da saúde.

“É insustentável persistir com a remuneração praticada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) há 19 anos sem reajustes. Além disso, a cooperativa médica Unimed remunera com valores pouco acima daqueles do SUS. Estas práticas decretam que somente os grandes laboratórios tenham viabilidade”, ponderou o dr. Flávio Borges.

No atual rumo das análises clínicas, pequenas cidades do interior vivem sob a perspectiva de perder os laboratórios, o que aumentaria o caos da prestação de serviços na área da saúde.

As entidades representativas das Análises Clínicas pretendem empreender ações de mídia, ações políticas em todos os níveis, negociações e tratativas  para a reversão do quadro. Mais de 1200 laboratórios estão sendo convocados para esta tarefa que visa garantir mais recursos para a área  e maior competência de gestão tanto no setor publico como no privado.

“Todos devem ser informados das questões problemáticas do nosso setor: remuneração médica aviltante, inviabilidade ameaçando setores como da Patologia, Imagem, Bancos de Sangue, Oncoterapia. A sociedade não sabe que um exame de glicose é remunerado por R$ 1,85 e a consulta do SUS não chega a R$ 10. Algo urgente tem que ser feito”, frisou o dr. Isaias Levy, representante do CREMERS no encontro.

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