Estatísticas e Análises | 14 de setembro de 2016

Os seis principais medos dos homens em termos de saúde

As doenças que mais preocupam os adultos do sexo masculino
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Os homens jovens costumam pensar que são fortes e saudáveis, até que chegam na casa dos 30 anos. “É nesse momento que os problemas de saúde começam a incomodar. Ou quando você ouve pela primeira vez os seus amigos queixarem-se de dores no joelho ou nas costas”, alerta o portal Health Essencials, do renomado Cleveland Clinic, dos EUA. “Mas, conforme você fica mais velho, seus problemas de saúde começam a mudar”.

Segundo o artigo, “homens na faixa dos 50 anos estão mais preocupados com as doenças cardíacas ou disfunção erétil. Os homens na faixa dos 60 se preocupam mais com câncer de próstata e risco de demência”, diz Raul Seballos, especialista em medicina preventiva. “Eles olham para os problemas de saúde pelos quais o pai ou os irmãos estão passando, para saber quais medidas podem tomar para potencialmente evitá-los”.

Dr. Seballos aponta os problemas de saúde que a maioria dos pacientes do sexo masculino temem, juntamente com dicas para triagem e prevenção:

1 – Câncer e hipertrofia (benigna) da próstata

“O debate sobre o rastreio do câncer de próstata está em curso”, comenta o especialista. “Enquanto um em cada seis homens terá câncer de próstata durante sua vida, a maioria dos homens não vai morrer disso”. Ele sugere discutir os riscos e benefícios da triagem com o médico de atendimento básico. “Você deve considerar o rastreio se tiver um pai ou irmão que desenvolveu câncer de próstata precoce ou se você é afro-descendente, por ser um grupo com maior risco de câncer de próstata”.

O rastreio do câncer de próstata inclui um simples exame de sangue para PSA (antígeno prostático específico), geralmente a partir de 50 anos de idade. “Ter um alto nível de PSA não significa necessariamente que você tem câncer de próstata, pois há outras causas para um nível de PSA maior do que o esperado, como a hipertrofia benigna, infecções benignas da próstata ou inflamação”. Se houver sintomas urinários, como um fluxo mais lento, esvaziamento incompleto da bexiga, urgência ou incontinência urinária, procure uma avaliação médica.

2 – Doenças cardiovasculares (incluindo pressão arterial alta e níveis elevados de colesterol)

Se há casos de doença cardíaca em sua família ou se a sua pressão arterial ou níveis de colesterol são altos, o médico irá recomendar medicamentos para reduzir seus níveis de pressão e de colesterol no sangue. “Pergunte ao seu médico se uma aspirina por dia pode ajudar, também”. O médico irá manter o controle sobre o colesterol e pressão arterial e pode pedir um teste de estresse cardíaco no caso de surgirem preocupações com doenças cardíacas.

3 – Disfunção erétil e níveis de testosterona

Disfunção erétil é muito comum, especialmente para homens que têm diabetes ou tiveram a próstata removida. “Como os homens com disfunção erétil são 1,6 vez mais propensos a sofrerem um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, é importante discutir os fatores de risco cardiovascular com o médico antes de pedir uma medicação para disfunção erétil”. Os homens também são muito preocupados com seus níveis de testosterona, diz o Dr. Seballos. “Se você está tendo sintomas de baixos níveis de testosterona, discuta-os com o seu médico e, talvez, obtenha uma solicitação de exame de sangue para saber a quantidade de testosterona”.

4 – Controle de peso com a idade

Com o passar da idade o metabolismo fica mais lento, e é importante dimensionar corretamente as refeições e comer pequenas porções de alimentos mais saudáveis. A prática de exercícios também torna-se cada vez mais fundamental para a manutenção da flexibilidade e mobilidade. “Manter a medida abdominal da cintura através da boa alimentação e da atividade física vai ajudar a evitar problemas relacionados ao peso, como diabetes tipo 2 e artrite”.

5 – Diabetes

Quase 79 milhões de norte-americanos têm pré-diabetes, o precursor da diabetes tipo 2. No Brasil, estima-se que 12% da população esteja nessa situação. O diabetes tipo 2 pode levar a doenças cardíacas, AVC, insuficiência renal, perda de visão e perda de membros (braço ou perna). “Se você tem pré-diabetes, estudos comprovam que a ingestão de uma dieta mais saudável e aumento do seu nível de atividade física pode restaurar o nível normal de açúcar no sangue e evitar o diabetes. Além de controlar peso, colesterol e pressão arterial, é fundamental parar de fumar para reduzir o risco de diabetes”.

6 – AVC

É importante aprender os sinais de um possível AVC (ataque isquêmico transitório, ou mini-AVC). Eles são: fraqueza ou dormência na face, braço ou perna; confusão; dificuldade para falar ou compreender; perda de visão; tontura ou problemas para caminhar, de equilíbrio ou de coordenação. “Se você ou alguém que você conhece desenvolve qualquer um desses problemas, chame a emergência. O tratamento imediato com medicamentos anti-coagulantes pode salvar vidas e prevenir a incapacidade. Lembre-se, o que é bom para o coração também é bom para o cérebro”, salienta o Dr. Seballos. “Faça o que puder para diminuir o risco para eventos cardiovasculares maiores, como ataque cardíaco e derrame. Ser fisicamente ativo e socialmente ativo também irá reduzir o risco de demência”.

Por fim, “consultas médicas regulares e exames oportunos irão ajudar a manter a sua saúde e o vigor ao longo dos anos”, conclui o artigo.

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