Gestão e Qualidade | 12 de junho de 2013

Excesso de ruído é preocupação nos hospitais

Pesquisas mostram que silêncio aumenta índices de satisfação com o estabelecimento
Excesso de ruído é preocupação nos hospitais

Estudos realizados nos EUA indicam que a poluição sonora é um dos maiores incômodos dos pacientes de hospitais. O constante barulho de aparelhos como monitor cardíaco, de conversas entre enfermeiros, as conversas por telefone de visitantes, tudo isso traz consequências no tratamento e na recuperação dos internados.

Pesquisas mostram que incômodos durante o sono são mais graves em pacientes, pois pode levar a alterações na pressão arterial e interfere a cicatrização de machucados. A satisfação dos pacientes é avaliada  pelo Medicare (sistema de saúde norte-americano) e o comportamento inadequado do estabelecimento pode gerar multas.

Por esse motivo, alguns estabelecimentos buscam alternativas criativas, como permitir que o paciente feche a porta do quarto e use uma placa de “não perturbe”, garantindo momentos de total descanso e fazendo com que as verificações de rotina sejam feitas apenas quando realmente necessárias.

Hospitais nos EUA já instalaram máquinas de “ruído branco” (mais silenciosos) e materiais de absorção de som em salas e corredores. Também foram criados televisores com circuito fechado de “programação relaxante”, com músicas suaves e imagens da natureza. Quiet Kits (Kit Quieto), com máscaras de dormir, tampões de ouvido, palavras cruzadas e fones de ouvido (para televisão, rádio, etc) já vêm sendo distribuídos.

Até mesmo uma espécie de semáforo é encontrado em algumas instituições. Os dispositivos ficam nos corredores e mudam de cor (do amarelo para o vermelho) conforme o horário e a necessidade de silêncio e sossego.

Levantamento do Governo norte-americano feito em 2012, que visava a satisfação dos internados, revela que 60% dos entrevistados considerou o ambiente hospitalar tranquilo, sendo esse o índice mais baixo entre os 27 questionamentos da enquete. Por sua vez, o trabalho apresentado em abril pela ONG Beryl Institute, aponta para a redução de ruídos como uma das principais prioridades dos administradores hospitalares.

“O barulho nunca poderá ser totalmente erradicado, entretanto o objetivo é combatê-lo da forma mais eficaz”, ressalta o presidente da Beryl, Jason Wolf, em entrevista para o The Wall Street Journal.

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