Uma parceria entre o Instituto de Pesquisas Infecciosas (Idri), dos Estados Unidos, e a empresa brasileira OrangeLife vai oferecer um exame para diagnóstico da hanseníase que fica pronto em até dez minutos. O teste traz uma evolução no tratamento da doença, que até hoje não possuía um exame definitivo. Atualmente, para casos suspeitos é realizada uma avaliação clínica aliada ao teste microscópico, para observação da bactéria a partir de amostras da pele do paciente. Os primeiros estados brasileiros a experimentarem o novo exame devem ser definidos entre Ceará, Pernambuco e Mato Grosso, devido a maior incidência da doença.

O kit para diagnóstico tem custo avaliado em US$ 1 e já foi registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Um aplicativo também foi desenvolvido para dispositivos móveis para auxiliar na interpretação dos exames. Este mecanismo também será utilizado para armazenamento de informações em bancos de dados. Os pesquisadores veem o novo exame como uma forma de melhorar significativamente a agilidade do diagnóstico precoce da hanseníase por pessoas que tiveram contato com infectados.

Em 2011, foram registrados 33.955 pacientes no Brasil, sendo 2.420 com menos de 15 anos. A hanseníase afeta, principalmente, a pele e nervos nas regiões dos braços, mãos, pernas, pés e cabeça. Os sintomas podem levar de dois a cinco anos para se manifestar. Os sinais de alerta são manchas brancas, avermelhadas ou amarronzadas, com sensação de formigamento e redução da sensibilidade ao calor, frio e toque.