Mundo | 18 de fevereiro de 2013

Obamacare busca maior transparência nos gastos dos hospitais

Parceria entre médicos e fornecedores ainda é nebulosa e pode gerar custos adicionais
Obamacare busca maior transparência nos gastos dos hospitais

Na busca por diminuir custos operacionais os hospitais nos EUA têm utilizado um código para educar os seus médicos. Como muitos não podem divulgar preços, devido a cláusulas contratuais, são usados códigos de etiquetas coloridas para diferenciar produtos de acordo com o seu valor. As cláusulas de confidencialidade também limitam a capacidade dos hospitais comprarem medicamentos. Igualmente, as parcerias entre médicos e fornecedores de material também prejudicam as finanças, tanto de estabelecimentos quanto de pacientes. Essa prática dificulta a busca da redução dos gastos em muitos ítens como, por exemplo, próteses de joelho e stents cardíacos, que geralmente são indicados pessoalmente pelos profissionais, sem uma pesquisa de preço. Essas indicações são apontadas como um campo onde muitos cortes de gastos poderiam ser efetuadas.

De acordo com o portal Modern Health Care, que analisa esses aspectos, são poucos os números que confirmam os valores de próteses. Porém, segundo o portal, seria possível constatar que um hospital pode gastar até o dobro com o mesmo tipo de produto, de acordo com a parceria estabelecida com seu fornecedor. Como alguns profissionais podem ganhar porcentagem sobre o valor de um tratamento, os seus interesses, muitas vezes, não estão alinhados com os do seu local de trabalho. Por esse motivo, a Affordable Care Act (programa de saúde norte-americano, também conhecido como Obamacare) propõe que as cláusulas contratuais sejam mais transparentes.

A partir de setembro de 2014 as transferências de valores e pagamentos dos estabelecimentos deverão ser publicadas online. Uma medicina mais focada nos valores econômicos, visando a economia, já é notada em áreas como ortopedia, neurologia, cardiovascular e traumatologia, nos Estados Unidos. O objetivo é padronizar os procedimentos e os custos de um tratamento, reduzindo a incidência das denominadas preferências médicas, que podem representar até 57% dos custos hospitalares, segundo a publicação.

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