Gestão e Qualidade, Política | 6 de maio de 2022

Ministro da Saúde se compromete com fortalecimento do diálogo com a indústria farmacêutica de pesquisa

"O encontro de hoje demonstra o compromisso do setor farmacêutico com a saúde do cidadão brasileiro. Discutimos pontos importantes para melhorar o acesso a produtos e tratamentos mais avançados”, afirmou a presidente executiva da Interfarma, Elizabeth de Carvalhaes
Ministro da Saúde se compromete com fortalecimento do diálogo com a indústria farmacêutica de pesquisa

A Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) e representantes de suas associadas se reuniram na tarde desta sexta-feira, 6 de maio, com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em São Paulo. A reunião aconteceu a convite da Interfarma.

A indústria farmacêutica de pesquisa e o ministro se comprometeram em manter um diálogo contínuo para a construção de uma agenda positiva para a saúde brasileira. Nesse sentido, foi proposta pelo setor a realização de reuniões periódicas com o Ministério para discutir temas relevantes, o que foi aceito pelo ministro. Queiroga enalteceu o “papel do setor que se mostrou tão relevante no enfrentamento da emergência de saúde pública do País”, afirmando que ações conjuntas podem auxiliar no desenvolvimento do sistema de saúde pública.

O incentivo à pesquisa clínica e à inovação em saúde e propostas para a melhoria do acesso a terapias inovadoras no País foram pautas do encontro. “A Interfarma tem como um de seus objetivos estabelecer um canal constante de comunicação entre a indústria, os governos e a sociedade. O encontro de hoje demonstra o compromisso do setor farmacêutico com a saúde do cidadão brasileiro. Discutimos pontos importantes para melhorar o acesso a produtos e tratamentos mais avançados”, afirmou a presidente executiva da Interfarma, Elizabeth de Carvalhaes.

Ministro da Saúde se compromete com fortalecimento do diálogo com a indústria farmacêutica de pesquisa--

Hugo Nisenbom, presidente do Conselho Diretor da Interfarma e CEO da MSD, destacou a importante cooperação entre o setor farmacêutico e o Ministério da Saúde no combate à pandemia de Covid-19 e a importância de parceria contínua para além da Pandemia. “Nossas empresas foram protagonistas no desenvolvimento de soluções para o combate da pandemia e o Ministério criou processos mais céleres para possibilitar o acesso da população às soluções inovadoras. Foi essa cooperação que permitiu o abastecimento de vacinas, os acordos de transferência de tecnologia entre laboratórios públicos e empresas em tempo recorde. A pandemia ainda não acabou e precisamos seguir trabalhando com todos os setores da sociedade em benefício dos pacientes”, ressaltou Nisenbom.

O Ministro falou dos esforços do governo que culminaram no Decreto do fim da Emergência Sanitária e como a Pandemia reforçou aos brasileiros a importância do Sistema Único de Saúde. “O sistema de saúde no Brasil se mostrou essencial no enfrentamento da emergência sanitária. É um grande desafio liderar o principal sistema de saúde pública da América Latina e um dos principais do mundo. Em função de tudo o que aconteceu nos últimos anos, não há nenhum brasileiro que não reconheça o papel e a importância do SUS”, afirmou.

Reconhecendo também a relevância do SUS, o setor solicitou o apoio do Ministro no cumprimento dos prazos de processos de incorporação e de dispensação de medicamentos no SUS. Sandra Barros, secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), afirmou que “precisamos cada vez mais de parceria para que tenhamos maior acesso à inovação e às tecnologias e que não foquemos exclusivamente no medicamento, mas também na melhoria de diagnósticos, serviços e benefícios adicionais que essas tecnologias podem trazer para o paciente”.

O setor demonstrou seu apoio ao veto do Executivo a trechos do PL 12/2020, que propõe a licença compulsória de medicamentos e vacinas. Reforçado que parcerias voluntárias e transferência de tecnologias são caminhos para o aumento da produção e acesso. Queiroga reafirmou a posição do governo em relação à proteção às patentes.

O ministro afirmou ainda que um dos pilares fundamentais para a melhoria do acesso é a mudança do processo de avaliação de tecnologias em saúde. “Mudanças legislativas foram feitas para incluir parâmetros econômicos claros, para além do custo efetividade. A ATS (Avaliação de Tecnologias em Saúde) deve ser estimulada e feita pelo Ministério da Saúde, evitando as demandas judiciais. Por isso, estamos fortalecendo os núcleos de ATS, para que essas avaliações aconteçam em núcleos aleatorizados”, colocou Queiroga.

O ministro, que vem se manifestando sobre a regulamentação das relações da indústria farmacêutica com os profissionais de saúde, recebeu do setor o Código de Conduta da Interfarma, ferramenta que permite a autorregulação desse relacionamento. O código pode ser acessado no site da Interfarma.

Ministro da Saúde se compromete com fortalecimento do diálogo com a indústria farmacêutica de pesquisa-

Participaram ao menos 50 representantes das associadas Interfarma. Do lado do ministério, além do ministro Queiroga, estiveram presentes Sandra de Castro Barros, secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), e Maíra Batista Botelho, secretária de Atenção Especializada à Saúde (SAES).



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