Estatísticas e Análises, Mundo | 11 de março de 2013

Enfermeiros assumem responsabilidades elevadas

Estudo internacional mostra que a categoria também se cobra excessivamente
Enfermeiros assumem responsabilidades elevadas

Embora a figura do enfermeiro esteja estreitamente ligada aos cuidados assistenciais o peso de cuidar de vidas ainda é pouco dividido. Uma pesquisa da GE Healthcare em conjunto com a American Nurse Association, que contou com a participação de 900 profissionais (500 nos Estados Unidos, 200 no Reino Unido e 200 na China), mostra que há carga horária excessiva e demasiada cobrança no setor.

Os próprio enfermeiros se colocam no papel de principais responsáveis pela saúde dos pacientes. Em contrapartida, os hospitais e clínicas nem sempre garantem infra-estrutura compatível com a tarefa. Os problemas mais citados pelos enfermeiros são: carga de trabalho de muitas horas; excesso de pacientes; tempo escasso para tratamento; fadiga.

A pesada carga de trabalho e a escassez de comunicação interna aumentam os riscos, tanto para quem precisa de cuidados quanto para quem presta o atendimento. Diminuir o medo de uma punição e uma tecnologia que registre erros clínicos podem ser soluções. A consideração é feita pelos próprios profissionais.

O estudo visou, justamente, esclarecer as falhas e acertos dos estabelecimentos na questão da segurança dos pacientes através da ótica de quem melhor conhece a situação. “Os enfermeiros colocam grande responsabilidade em seus ombros. No entanto, os desafios do hospital hoje tornam quase impossível assumir toda essa carga. A pesquisa traz informações valiosas sobre como melhorar o atendimento”, ressaltou Rob Reilly, diretor de marketing da GE Healthcare.

Se por um lado há dados do quadro clínico dos pacientes, por outro 59% dos entrevistados afirmam que essas informações não chegam ao seu conhecimento. Outros 68% acreditam que a tecnologia poderia ser usada para identificar de forma precoce doenças e 67% dizem que a comunicação interna teria capacidade de melhorar o atendimento.

Alguns números da pesquisa:

– 90% se vê como maior responsável pelo bem-estar dos pacientes.

– 95% consideram extremamente importante que as lideranças dos hospitais criem uma cultura efetiva de segurança dos pacientes.

– 94% dos locais possuem, de fato, um programa de segurança dos pacientes. No entanto, é questionável se os programas atingem os objetivos, pois 41% dos entrevistados acham seu local de trabalho seguro e pouco mais da metade (57%) acredita que os programas de segurança do paciente em seu hospital são realmente eficazes.

– Por medo de algum tipo de punição, 59% dos enfermeiros não relatam erros no atendimento (67% dos EUA, 62% no Reino Unido e 49% na China) e 62% admitem que quase causaram acidentes por esse motivo (69 % nos EUA, 65% no Reino Unido e 54% na China).

– Apenas 4 em cada 10 enfermeiros (37%) acham excelente a comunicação com o paciente, 31% dizem que o hospital tem ótima comunicação entre os funcionários, 33% acham ruim a comunicação interna, o que aumentou o risco de incidentes nos últimos 12 meses, e 31% dizem que a má comunicação com os médicos também aumentou o perigos para o paciente.

 

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