Mundo | 27 de janeiro de 2014

É possível conviver bem com o diabetes

Pacientes bem informado tem melhores resultados no tratamento da doença
É possível conviver bem com o diabetes

De acordo com os dados recentes da International Diabetes Federation (IDF), publicados em novembro na quinta edição do Atlas IDF (IDF Diabetes Atlas 5th Edition), o mundo tem atualmente 371 milhões de diabéticos. O Brasil é o quarto país com maior prevalência, contabilizando 13,4 milhões de pessoas portadoras da doença.

Mais de 80% dos diabéticos Tipo 2 apresentam excesso de peso e mais de um terço são, tecnicamente, obesos. Ligada a isso está a hiperglicemia crônica, responsável por complicações que caracterizam mais riscos, como a retinopatia, a nefropatia, a neuropatia e lesões nervosas e de pequenos vasos sanguíneos. Esses casos são muito mais graves do que o açúcar elevado no sangue.

Pacientes com as duas doenças (diabetes tipo 2 e hiperglicemia) sofrem ainda mais com pressão arterial e têm mais chances de complicações cardiovasculares, principalmente em obesos. Metade desses pacientes morre por problemas cardíacos e um quarto deles por Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Melhorar esta situação, nesses casos, exige o desenvolvimento de novas drogas que atuem na glicose no sangue e na melhora do diabetes através da combinação de comprimidos ou injeções para o diabetes e medicamentos anti-hipertensores. No entanto, essa mistura também pode ser prejudicial, criando efeitos colaterais como coma hipoglicêmico, toxicidade renal, entre outras complicações.

Um projeto da Estratégia Francesa de Saúde (Stratégie Nationale de Santé), com apoio da Haute Autorité de Santé (Alta Autoridade de Saúde, em tradução livre), criaram um projeto para orientar pacientes de acordo com as suas necessidades, proporcionando um tratamento individualizado.

Conforme estudos franceses, é preciso capacitar o paciente a entender melhor sua doença. Cada diabético é uma pessoa com um perfil específico ligado ao histórico da doença (pessoal e familiar), mas também ao perfil psicológico, social, cultural, e seu nível de escolaridade. Isso define uma vulnerabilidade, mais importante do que a própria hiperglicemia, no processo de tratamento.

O entendimento da sua própria situação torna o paciente mais autônomo e responsável, de modo a melhorar sua qualidade de vida. Entendendo a doença, é possível desenvolver estilo de vida que afaste os maus hábitos alimentares e o estilo de vida sedentário, a fim de adquirir os resultados para melhor atender as exigências do tratamento. Fornecer educação terapêutica para o maior número de diabéticos é uma condição essencial para a segurança durante o tratamento em longo prazo.

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