Doria vai iniciar “Corujão” da cirurgia em maio
As cirurgias serão realizadas em hospitais públicosApós ter zerado a fila de exames médicos, herdada da antiga administração petista na rede pública municipal da capital paulista, o prefeito João Doria (PSDB) prepara uma nova fase do programa Corujão da Saúde para reduzir, agora, a espera por cirurgias em São Paulo.
A Prefeitura deve chamar, a partir do dia 1º de maio, 25.950 pacientes que esperam há anos para se submeter a cirurgias de média complexidade, que necessitam de internação, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na rede municipal.
A lista de procedimentos previstos nesta etapa do Corujão inclui cirurgias de hérnia, vesícula, tireoide, varizes e intervenções ginecológicas e proctológicas. Ao contrário do mutirão de exames lançado em janeiro, que realizou 20% do serviço em unidades privadas parceiras, as cirurgias médicas serão todas realizadas em hospitais públicos ou vinculados ao SUS da capital.
A Prefeitura selecionou cinco unidades – uma para cada região. Três deles são municipais:
Hospital do M’Boi Mirim (sul)
Hospital da Vila Maria (norte)
Hospital de Jabaquara (sul)
As outras regiões são leste; com o Hospital Santo Antônio, na Penha, que é ligado à Beneficência Portuguesa; e na região oeste, com o Hospital Universitário, no Butantã, da Universidade de São Paulo (USP). Não há prazo para zerar a fila.
“São cirurgias de média complexidade para pacientes que precisam de internação ou exigem um leito de UTI e que, por isso, não podem ser feitos em hospital dia ou na Rede Hora Certa. São quase 26 mil pessoas. Tem gente esperando há mais de três anos. Vamos começar a chamá-las em 1.º de maio para agendar as cirurgias em seguida. Elas serão feitas durante 24 horas. Interna de dia e realiza a cirurgia assim que possível”, explicou o secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara.
Exames e reavaliação médica
Neste mês, Doria já havia anunciado ter zerado, em 83 dias, a fila por exames que herdou da gestão Haddad por meio do Corujão. Mas nem todos os 485 mil pacientes que esperavam foram atendidos.
Segundo a Prefeitura, foram 342 mil procedimentos feitos – 70% do total. Os 140 mil restantes saíram da fila sem passar pelo exame porque, de acordo com a gestão, não precisavam mais do atendimento ou porque esperavam havia mais de seis meses e, por isso, foram encaminhados para reavaliação médica, para verificar a necessidade do atendimento.
Além disso, o Corujão não impediu que a fila de exames crescesse neste ano. Até o início do mês, eram 88.624 novos pacientes na lista de espera. De acordo com Pollara, hoje restam ainda 60 mil exames a serem feitos, o que deve ocorrer até junho. A partir de então, a meta é que os exames sejam realizados no prazo de 30 dias.
Veja João Doria explicando avanços na saúde da capital paulista, em evento realizado em Porto Alegre:
* com informações do O Estado de S. Paulo. Edição SS.