Mundo | 6 de março de 2015

Alternativa à anestesia no parto ganha espaço nos EUA

Produto ameniza dores durante o parto
Alternativa à anestesia no parto ganha espaço nos EUA

O óxido nitroso, mais conhecido como gás hilariante ou gás do riso, tem como um de seus usos aliviar as dores do parto. A prática, embora quase desconhecida no Brasil, é comum em países como Suécia, Inglaterra e Canadá e cada vez mais se torna popular nos EUA.

Como destaca reportagem do periódico Daily Herald, profissionais da saúde e mães relatam os benefícios no uso do gás como uma opção a mais para as mulheres em trabalho de parto, além de ser menos invasivo e com menos riscos que uma anestesia como a peridural.

Em alguns países desenvolvidos, o uso do óxido nitroso é tão tradicional que na maioria das maternidades ele já está instalado no quarto. No caso de partos domiciliares, cilindros do gás são levados por parteiras para as casas das grávidas.

Nos EUA, o gás ganha espaço. Até 2012 – quando apenas uma empresa fabricava o produto –, há registros de que menos de dez maternidades no País usavam o gás, segundo o órgão do governo Agency for Healthcare Research and Quality. Desde então, mais de 30 hospitais e casas de parto adotaram o sistema e, em 2014, a FDA (agência reguladora de remédios e alimentos) aprovou a licença de um segundo outro fabricante, ampliando o mercado.

O hospital MedStar, em Washington é um estabelecimento que passou a apostar nessa técnica. “O uso do gás é cada vez mais frequente. É menos invasivo, pode ser controlado pela mulher, já que ela é quem determina quando e quanto inalar”, afirmou a obstetra Melissa Howard Fries, que dirige a maternidade do local, em reportagem da BBC. “De todas as grávidas que usam o gás, cerca de 30% optam em seguida pela peridural”, completou. O número médio de pacientes que optam por essa anestesia nos EUA é de 60%.

O Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, é um dos únicos que utiliza o gás hilariante, mas ainda de forma experimental. A Sociedade Brasileira de Anestesiologia, destaca que o gás hilariante é desconhecido no País por uma questão cultural, falta de hábito, e não por uma posição contrária de médicos ou instituições.

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