Estatísticas e Análises | 28 de julho de 2016

8 perguntas que os pacientes não podem deixar de fazer quando visitam o médico

Entender os tratamentos é fundamental
8 perguntas que os pacientes não podem deixar de fazer quando visitam o médico

A grande maioria das pessoas confia em seus médicos e faz o que eles recomendam. Muitas vezes procuramos hospitais, clínicas e laboratórios da nossa confiança, indicados muitas vezes pelos médicos. Por isso é importante sempre querer saber mais e entender o caminho do tratamento que se seguirá, quando este for o caso. Independentemente da relação que houver entre pacientes e médicos, há certas questões que os pacientes não podem deixar de fazer durante uma consulta.

Não espere que o seu médico abra a lista de opções de tratamento, testes de diagnóstico, efeitos colaterais do medicamento, e qualquer outra coisa que está passando em sua mente. Entre tantos atendimentos, o médico pode esquecer de perguntar coisas importantes. E, certamente, não se reprima, você pode – e deve – fazer perguntas. Esta é a sua saúde e também o seu tempo.

O recomendável é que o paciente traga um familiar, ou amigo próximo, para ajudar a lembrar de fazer indagações importantes. Não quer dizer que sempre as terá que fazer – até porque muitas vezes, outras pessoas na sala de espera ao lado esperam para serem atendidas. Otimizar o tempo também é uma forma de ser gentil para com seu médico e os demais pacientes. Bom senso é fundamental.

Use o exemplo das perguntas abaixo, que podem ajuda-lo em visitas aos médicos:

1. Qual é a minha condição e o que causou isso?

Quando os pacientes recebem um diagnóstico inesperado, podem ficar tão chocados que esquecem de pedir esclarecimentos sobre o que exatamente eles têm e como desenvolveram isso. É importante perguntar ao médico o nome técnico da doença ou condição e também uma explicação mais simples, do que significa. Dependendo da natureza da condição, o médico pode recomendar uma consulta com um especialista ou pode fornecer literatura adicional para explicar melhor. Mas, mesmo se esse for o caso, não se deve deixar o consultório médico sem pedir detalhes da condição de saúde e prognóstico. Pode haver várias causas prováveis ​​para uma determinada condição e o médico pode não ser capaz de identificar a origem exata da doença sem antes realizar mais exames.

2. Por que você está prescrevendo este medicamento?

Os médicos têm uma tendência a prescrever medicamentos sem explicar totalmente o motivo para dar esta droga e como ela vai ajudar. Não receba uma receita médica sem perguntar o que é e por que ela está sendo prescrita. Fale com o seu médico sobre alternativas para a medicação, como genéricos. Discuta a combinação de medicamentos e possíveis efeitos colaterais.

3. Quais são os possíveis efeitos colaterais?

Antes de usar um novo medicamento ou ir para uma cirurgia, é preciso perguntar ao médico sobre os possíveis efeitos colaterais associados ao tratamento específico. O paciente deve falar sobre quaisquer preocupações e não se esquecer de informar ao médico sobre todo efeito colateral negativo ou desconforto que já experimentou no passado. Saber o que pode acontecer ao se submeter a um determinado tratamento irá tornar o paciente mais bem informado e consciente.

4. Quais são as opções de tratamento?

Os pacientes têm uma tendência a esquecer as suas opções de tratamento e deixam de pedir aos seus médicos outras maneiras que podem tratar a doença ou condição. As pessoas desenvolvem sintomas de forma diferente e têm necessidades diferentes quando se trata certas condições. Os médicos não devem ter um modelo padrão de tratamento e o paciente precisa ter certeza que a opção escolhida é a melhor, antes de concordar. Dependendo da gravidade da condição e da urgência do tratamento, pode haver tempo para a pessoa fazer sua própria investigação e consultar outro médico (segunda opinião) antes de decidir sobre um tratamento específico.

5. Qual é a minha perspectiva?

A questão é frequentemente negligenciada. Muitos não estão preparados para ouvir certas coisas, apenas uma perspectiva otimista depois de um diagnóstico assustador, mas a verdade é que conhecer o prognóstico é indispensável. Bom ou mau, é importante saber as previsões do médico para o tratamento e a probabilidade de reincidência. Em alguns casos, o diagnóstico pode vir com um futuro assustador, mas saber esta informação mais cedo pode fazer uma grande diferença na maneira como lidar com a condição.

6. Como saberei se o tratamento está funcionando?

Depois de receber o diagnóstico e tomar a decisão sobre o tratamento, é preciso discutir como saber se o tratamento está funcionando. Para isso, deve-se perguntar ao médico sobre os efeitos colaterais positivos e negativos de um medicamento, uma cirurgia, na reabilitação, etc. Mesmo ciente dos objetivos do tratamento, é preciso reconhecer se o tratamento está funcionando para que possa dar continuidade ou parar e iniciar outro.

7. Quais as mudanças na vida diária devem ser feitas?

Os pacientes raramente questionam os médicos em relação às mudanças que precisam fazer na vida diária, mesmo depois do diagnóstico de uma doença. Embora a prevenção seja, muitas vezes, o melhor remédio, nunca é tarde demais para começar a fazer mudanças na dieta e no estilo de vida para melhorar uma condição existente e aumentar a eficácia do tratamento. Pergunte ao médico o que pode começar a ser feito para viver uma vida melhor, mais saudável.

8. Quais são as suas qualificações e a do prestador que você indicou? 

Mesmo que se sinta em boas mãos com o médico, nunca é uma má ideia perguntar quais são suas qualificações para se certificar de que está recebendo o melhor cuidado possível. É importante não ter medo de perguntar ao médico a prova das suas qualificações, sua formação, há quanto tempo está trabalhando naquela especialidade, quantas vezes realizou uma cirurgia ou um tratamento específico, e assim por diante. É pertinente também, perguntar se a instituição (hospital, clínica) indicada ou na qual será feito o tratamento possui alguma acreditação. Instituições que possuem um maior número de certificações de qualidade (ONA, Joint Commission, Canadanse) são as mais comprometidas com a segurança do paciente. Assim como os hospitais, os laboratórios e as clínicas também possuem acreditações que certificam o controle de indicadores e a adoção de processos de qualidade e segurança. Saber estas informações podem fornecer “paz de espírito” ou servir de alerta para ir atrás de um médico/prestador mais experiente ou qualificado.

 

Matéria elaborada a partir de artigo de Liz Nutt, da empresa norte-americana InsuranceQuotes. Com edição/adaptação do Portal Setor Saúde.  

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