5 curiosidades sobre a obesidade: mitos e verdades
Relação da gordura corporal, saúde e preconceitoA relação entre obesidade e doenças sempre causa polêmica. Mas obesidade é uma doença? Podemos curar ela? E a diabetes sempre aparecerá? Preparamos uma lista respondendo algumas perguntas sobre o tema:
1) Índice de massa Corporal
O IMC (índice de massa corporal) não é necessariamente o melhor meio para medir a saúde, nem de gordura corporal. Sua capacidade de reconhecer problemas de saúde associados a obesidade (como diabetes ou hipertensão) são muito limitadas.
Não podemos determinar se excesso ou gordura corporal anormal está afetando a saúde de alguém simplesmente colocando-os em uma escala ou medindo sua circunferência. É necessário exames médicos e testes para determinar, com exatidão, se um paciente tem obesidade ou apenas uns quilos a mais.
As limitações do IMC não representam um argumento válido para não chamar a obesidade de doença. Ao contrário, isso prova que é necessário exames reais e cuidado sério para conseguir tratar a obesidade.
2) A relação da gordura corporal e saúde
O impacto da gordura corporal na saúde de uma pessoa depende de uma série de fatores, como uma predisposição genética ao tipo de gordura corporal, por exemplo . Alguns poderiam argumentar que essa variabilidade refuta uma relação entre a gordura e a saúde.
O impacto direto do excesso de gordura corporal é mais evidente quando a quantidade de gordura impede diretamente o funcionamento físico. Pode ser mais difícil entender a relação entre excesso ou gordura corporal anormal e problemas metabólicos.
Na diabetes tipo 2, a relação entre risco e gordura visceral é óbvia. Mas esse risco é muito amplificado com um histórico familiar da doença. Assim, a quantidade de gordura visceral necessária para prejudicar a homeostase da glucose varia de uma pessoa para a outra e também depende de outros fatores, incluindo a capacidade das células beta de produzir insulina.
Não é a quantidade total de gordura corporal, mas sim a sua localização e função biológica que determinam o seu efeito sobre a doença metabólica. Isso pode explicar parcialmente a relação inconsistente entre gordura corporal e risco para diabetes.
3) Obesidade é modificável e evitável
Este argumento é verdadeiro e também pode ser aplicado em muitas outras condições que são aceitas como doenças, incluindo AVC e doenças cardíacas.
A maioria dos acidentes vasculares cerebrais e a grande maioria dos ataques cardíacos são previsíveis e modificáveis (uma vez que ocorrem), assim como diabetes, osteoartrite, doença pulmonar obstrutiva e muitas formas de câncer.
4) Rotular obesidade como doença irá prejudicar a prevenção
Em nenhum outro caso, chamar algo de doença nos impediu de fazer o máximo para evitá-lo. Considere os esforços utilizados para prevenir doenças cardíacas (recomendações dietéticas, fitness, diminuir o tabagismo), câncer (atividade física, dietas saudáveis, diminuir o tabagismo, exposição à luz solar) ou doenças infecciosas (vacinas, segurança alimentar, lavagem das mãos, uso do preservativo).
Se abraçarmos o conceito de que a obesidade estabelecida é um problema para toda a vida para o qual não temos cura, devemos redobrar nossos esforços de prevenção. Governos, organizações e indivíduos devem estar mais comprometidos com a prevenção de uma doença “real” que se tornou uma epidemia.
5) O rótulo de doença reduziria a responsabilidade
Vamos pensar na diabetes tipo 2, outra condição evitável e modificável. Chamar o diabetes de uma doença não reduz a capacidade do indivíduo de impedi-la ou se esforçar para tratar a doença. Os pacientes devem ajudar a lidar com doenças desse tipo. Tudo isso é uma questão de responsabilidade pessoal.
As pessoas que vivem com obesidade não têm maior ou menor responsabilidade por contribuir à doença do que as pessoas que vivem com hipertensão, diabetes, depressão, doenças cardíacas ou câncer. Todos devem fazer o que puderem. Por que a obesidade seria diferente?